O PETGeografia UFGD possui um núcleo
direcionado a atividades relacionadas ao cinema, uma vez que entende que a
linguagem cinematográfica é um instrumento de suma importância na construção do
conhecimento geográfico do graduando do curso de Geografia, dando-lhe a
possibilidade de novos olhares sobre o mundo. Baseado nisso, o grupo realiza a
atividade chamada "Cinema, linguagens e olhares geográficos sobre o mundo".
A linguagem cinematográfica
proporciona a oportunidade de olhar o mundo através da tela do cinema,
percebendo as contradições e conflitos que o formam, que aliado com cores,
efeitos e sons criam uma narrativa única que nos ajuda a compreender
determinados assuntos altamente complexos tratados pela geografia enquanto
ciência.
Durante
o ano 2018, o PETGeografia desenvolveu em seu núcleo de cinema atividades que
consistiram na apresentação de filmes e documentários, aos quais contribuíram
com discussões relacionadas a temas pertinentes e conceitos trabalhados nas
disciplinas do curso.
As
atividades consistiram na proposição de um filme/documentário por parte do
grupo PETGeografia e o convite a um professor que ficaria responsável por
intermediar a discussão do mesmo, sendo essas atividades realizadas em três
momentos ao longo do ano de 2018.
O
primeiro momento se deu na noite do dia 24 de abril na qual o PETGeografia
realizou a atividade intitulada "Cinema, linguagens e olhares geográficos
sobre o mundo", exibindo o filme "Na
natureza selvagem", em parceria com o Professor Dr. Edvaldo Cesar
Moretti, como atividade complementar da disciplina de Sociedade, Meio Ambiente
e Sustentabilidade. A escolha do filme se deu pela oportunidade de contribuir
para os debates da disciplina que envolvem temas como cultura, migração,
trabalho, território, fronteiras, paisagem, etc
Data de lançamento:
22 de fevereiro de 2008 (Brasil)
Direção: Sean Penn
Autor: Jon Krakauer
Prêmios: Gotham Independent Film Award de Melhor Filme
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Baseado
em uma história real o filme retrata a história de Christopher McCandless, um
jovem que aos vinte e dois anos ao se formar com prestígio na Universidade
Emory com ênfase em seu ótimo desempenho na mesma como acadêmico atleta decide
viajar o planeta, quebrando barreiras até o Alasca.
Sua
irmã mais nova, Carine McCandlees, ao decorrer do filme relata muitas de suas
aventuras e vivências que possam ter levado Chris a despertar seu lado
“aventureiro”, ou o conceito que temos sobre ser aventureiro.
Ao
longo de sua viagem, Chris descobre e conhece várias culturas, línguas e
saberes diferentes que muitos telespectadores presentes na sala nem pensavam
existir, causando a algumas pessoas presentes que assistiam, uma leve sensação
de estranheza e a uma compreensão da diversidade que o mundo que habitamos pode
oferecer, e do desconhecido por muitos com outro olhar.
Ao
fim da exibição do filme, houve a condução de um debate. O debate instigou a
participação dos acadêmicos, onde notou-se a articulação de conceitos
trabalhados e vivenciados no decorrer do curso e na vida cotidiana com a
produção cinematográfica: a natureza e a sociedade
Por
se tratar de uma turma do primeiro ano, mais especificamente do primeiro
semestre da graduação, a exibição do filme aliado à discussão auxiliou bastante
na fixação e uma melhor compreensão dos conceitos que começavam a se formar no
vocabulário acadêmico da turma. Sendo assim, a atividade reforçou sua
“importância em fomentar debates e discussões que possam contribuir para o
ensino de Geografia, reforçando as práticas de aprendizagem e didático
pedagógicas”.
O
segundo momento se deu na noite do dia 11 de junho na qual o grupo PETGEO
realizou mais uma atividade junto aos alunos da turma de primeiro semestre do
curso de Geografia. Desta vez a atividade consistiu em assistir e discutir o
documentário “À Sombra de um Delírio
Verde”.
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Direção: An Baccaert, Cristiano Navarro, Nicola Um
Ano de lançamento 2011
Narração: Fabiana Cozza
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Informações sobre o documentário:
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Passando-se no ano de 2005, trata da questão
indígena, no qual aborda a expansão da atividade das industrias energéticas
sucroalcooleiras, no território do Mato Grosso do Sul e consequentemente a
tomada de terras Guarani-Kaiowá, causando a expropriação de terras indígenas,
obrigando os mesmos a trabalhar em serviços precários e marginalizados para
subsistirem, submetendo-os à processos de desterritorialização e
consequentemente de reterritorizalizações precárias.
A atividade promoveu a discussão de diversos
conceitos abordados nas disciplinas do curso de Geografia, que contribuiu para
um melhor entendimento de assuntos relacionados e conceitos como:
desterritorialização/reterritorialização forçada e precária, introduzindo
informações relevantes sobre a formação socioespacial do MS.
Mais
uma vez a atividade se mostrou muito proveitosa uma vez que tais temas abordados
bem como os conceitos vinham sendo trabalhados, principalmente nas disciplina
Geografia da População, com leituras como Haesbaert, que traz muitas discussões
em relação ao Território e a desterritorialização.
Na ocasião, estava presente a professora Msc.
Blanca Flor Demenjour Munoz Mejia da Faculdade de Comunicação, Artes e Letras –
UFGD, que possibilitou a realização da atividade e contribuiu na realização da
mesma.
O
terceiro filme “As Sufragistas”,
lançado no ano de 2015 o filme dirigido por Sarah Gavron retrata o contexto
histórico da conquista do voto feminino, indo além, o filme ainda nos trás a
realidade do que era ser mulher no cenário em que a mesma se configura,
principalmente se tratando de ser mulher pobre, pertencente a classe
trabalhadora.
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Data de lançamento:
24 de dezembro de 2015 (Brasil)
Direção: Sarah Gavron
Roteiro: Abi Morgan
Prêmios: British Independent Film Award
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Informações sobre o filme:
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Ao longo do filme há várias cenas que nos
causam um terrível desconforto quanto as condições em que as mulheres cujo
cotidiano fora retratado viviam. Maud Watts (Carey Mulligan) personagem
principal tem como oficio ser lavadeira, em uma lavanderia de sua cidade, além de esposa e mãe.
Logo no inicio do filme já há a presença de um
pequeno resumo do contexto histórico em que o enredo do filme se passa, onde
temos a presença de mulheres trabalhando nas fábricas enquanto a narração
destas nos apresenta a discussão entre homens no Parlamento.
Após
isso, somos apresentados as incessantes tentativas das sufragistas de
fazerem-se ouvir com o resumo “Por décadas, as mulheres fizeram campanhas
pacificas pela igualdade e pelo direito ao voto. Seus argumentos foram ignorados.
Em resposta, Emmeline Pankhurst, líder do movimento Sufragista, apelou por uma
campanha nacional de desobediência civil”.
Maud vive em uma total situação de conformismo
quanto sua vida cotidiana, na qual ser mulher para ela significa aceitar suas
condições de trabalho, ficando evidente no filme que a mesma foi vitima de
abuso sexual e de inferioridade quanto ao seu marido.
Após
uma série de acontecimentos em sua vida, Maud decide sair de sua zona de conforto
e aos poucos une-se a luta das Sufragistas pelo direito ao voto e o direito a
igualdade quanto aos direitos humanos, independente de gênero.
A atividade de cinema proposta pelo grupo PET,
ao final da exibição do filme, contou com a presença do Prof.Dr. Losandro
Antonio Tedeschi pesquisador do Feminismo atuante como pesquisador do GT CLASCO
Feminismos, que nos trouxe discussões sobre o cenário feminista da época em que
o filme se passou e nosso contexto social atual, no qual o feminismo cresce a
cada dia que se passa, proporcionando as mulheres o conhecimento da necessidade
de seu empoderamento e posicionamento enquanto mulher tida como gênero
inferior.
Ao
fim da atividade todos os presentes participaram da fala aberta, onde houve a exposição de
algumas vivencias e relatos, ressaltando a importância das Sufragistas e do
feminismo negro que no filme, não se fez presente. Além disso, discutiu-se o
fato da história das mulheres sempre terem sido nos contada à partir da
perspectiva do homem, fato que vem sendo mudado.
O
PET-Geografia agradece a todos que contribuíram para a promoção das atividades
realizadas pelo grupo, sendo que estas, sem dúvida se mostraram muito
produtivas, promovendo um enriquecimento do grupo e de todos que participaram e
contribuíram nos debates realizados ao longo do ano de 2018. Em 2019 o "Cinema,
linguagens e olhares geográficos sobre o mundo" se fará presente
nas atividades propostas.
Escreveu PETianos:
Anderson Luiz Rodrigues de Oliveira
Eveline Caldeira Vasconcellos
Micael Petri Lima Soares
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