Galeria de Geógrafos



Paulo Cesar da Costa Gomes


O geógrafo brasileiro Paulo Cesar da Costa Gomes possui graduação (1980) e mestrado (1988) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, alcançando o título de doutor em Geografia pela Sorbonne - Université de Paris IV (1992) com orientação de Paul Claval.
Paulo Gomes apresenta diversas contribuições para o pensamento geográfico em seus trabalhos ao apresentar discussões sobre a epistemologia da Geografia (Geografia e Modernidade – 1996), além de suas produções na área da Geografia Cultural. Suas preocupações estão voltadas para a forma como se produz conhecimento em Geografia.
No dia 23 de novembro de 2020, o Prof. Paulo Cesar participou do projeto: “Diálogos on-line em tempos de COVID-19”, abordando “A imaginação geográfica e seus desafios temáticos e metodológicos”. Aqui, o professor nos apresenta o exercício do raciocínio geográfico, demonstrando a importância de se pensar os fenômenos de maneira geográfica, ou seja, “a partir do jogo, das tramas e interações que estes têm a partir de sua localização”. Vale a pena conferir. Segue o link da fala realizada em nosso canal no Youtube.

A imaginação geográfica e seus desafios temáticos e metodológicos

PETiano: Anderson Luiz


Jean Tricart

Jean Tricart foi um dos mais importantes geógrafos físicos já existentes, sendo bastante reconhecido pelo seu trabalho tanto no Brasil como na França. Nascido em 1920, teve toda a sua formação na Universidade de Paris I, se tornando professor da Universidade de Estrasburgo, onde trabalhou até o ano 1987. Se tornou amplamente conhecido pelos seus trabalhos em geografia física, envolvendo principalmente a geomorfologia, paisagem e o clima como áreas de extrema importância para a Geografia enquanto ciência, conseguindo relacionar os problemas ambientais com as características de uso e apropriação econômica e social dada a determinadas porções do Espaço Geográfico.
O geografo foi um dos pioneiros na introdução do pensamento geossistêmico, demonstrando com maestria a inter-relação entras as áreas da geografia física como: a climatologia, geomorfologia e geologia com as da geografia humana, como: Geografia Agrária e Geografia Urbana. Jean Tricart chegou a publicar em torno de 620 trabalhos referentes a geomorfologia e a geografia física, sendo publicados em mais de 10 países e publicados em mais de 15 línguas. Destes 620 trabalhos mais de 60 deles foram sobre o Brasil, decorrentes da década de 1950 aonde conheceu o País e foi colaborador de algumas universidades Brasileiras, sendo entre elas a UFBA, UFF e a USP; trabalhando também como consultor do Projeto Radam Brasil.
Ao falar deste incrível Geografo e Geomorfólogo, apesar de sua trajetória acadêmica e profissional mais que notável, é impossível falar deste autor sem falar de uma de suas obras mais importante não só para o Brasil mas também para a Geografia como um todo que é a Obra intitulada de “Ecodinâmica” lançada no ano de 1997, é nesta obra aonde ele se destaca pela introdução do pensamento geossistêmico para a Geografia física, conseguindo trazer uma visão ecológica aos problemas ambientais demonstrados neste livro, sem deixar de relacionar com a realidade econômica e social das áreas estudadas.
 É neste livro aonde o autor vai criar as classificações ecodinâmicas do meio ambiente, as dividindo entre: Meios Estáveis, Meios Integrados e Meios fortemente instáveis. O principal motivo do autor ter criado esta classificação se dava pelo fato de que, ao analisar os aspectos climáticos, geomorfológicos e geológicos de determinadas áreas de estudo, ele observou que o uso econômico e social dada a estas áreas, na maioria das vezes eram incompatíveis, com os aspectos físicos e ambientais presentes, sendo o principal fator de desencadeamento dos tidos “desastres naturais”, sendo assim, a classificação criada pelo autor leva em conta tanto os aspectos físicos e ambientais da área estudada como também o uso econômico e social dada para a mesma, indicando qual forma de apropriação poderia ser a mais adequada.
 Outro fato importante a ser destacado deste Livro, é que os seus estudos de casos apresentados para explicar a sua classificação e os motivos que as enquadravam, se deu no período das suas pesquisas realizadas durantes a sua passagem pelo Brasil, apresentando estudos de caso em Estados como Paraná, São Paulo, Goiás e até mesmo da região da floresta Amazônica, se tornando um livro de referência até os dias atuais para Geógrafos que estudam impactos ambientais e para geógrafos que trabalham com a geografia física e com o estudo da paisagem enquanto categoria de análise.
Figura 1. Imagem da Capa do Livro Ecodinâmica (Salvo em Formato Digital)

De maneira geral, pode – se afirmar que todo o trabalho deste importante geógrafo, além de ter sido pioneiro na introdução do pensamento geossistêmico, as suas pesquisas realizadas no Brasil foram uma importante porta de entrada para as pesquisas ambientais que viriam a seguir, trazendo destaque tanto para a geografia como para os geógrafos que aplicaram as suas pesquisas e estudos em geografia física para o entendimento da realidade física e ambiental do país, relacionando estes aspectos com a realidade econômica e social do mesmo, indicando também quais caminhos o Brasil deveria seguir para superar as suas desigualdades sociais e problemas econômicos,  sem deixar de lado o meio ambiente, entre estes geógrafos podemos destacar Aziz Ab’Saber, Jurandyr Ross e Valter Casseti. Por este motivo, não é exagero dizer que, apesar de já falecido desde 2003, Jean Tricart continua vivo por meio das suas obras, obras estas que transcendem o tempo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
DIAS, Janise; SANTOS, Leonardo. A paisagem e o geossistema como possibilidade de leitura da expressão do espaço socioambiental Rural. CONFINS: Revista Franco Brasileira de Geografia, Franca/Brasil, ano 1 /2007, v. 1, n. 1, ed. 1, p. 1 - 18, 2007. DOI 10.4000/confins.10. Disponível em: https://journals.openedition.org/confins/10?lang=pt.
Acesso em: 7 maio 2020.
TRICART, Jean. Ecodinâmica. Rio de Janeiro: IBGE, 1977. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20%20RJ/ecodinamica.pdf
TRICART, Jean. A terra: planeta vivo. Lisboa: Presença, 1995. 
SILVA, Teresa Cardoso da. Jean Tricart: (16/06/1920 - 06/05/2003). Revista Geosul, Florianópolis - SC, ano 2003, v. 18, ed. 35, p. 149 - 152, 2003. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/geosul/article/view/13607/12473. Acesso em: 6 maio 2020.
Sites Consultados:


PETiano: Anderson Aparecido Santos da Silva.








Lana de Souza Cavalcanti 

Lattes: http://lattes.cnpq.br/8827112569170294
Lana de Souza Cavalcanti é graduada em Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal de Goiás – UFG (1979), realizou seu mestrado na área de Educação pela UFG em (1990), fez seu doutorado em Geografia pela Universidade de São Paulo – USP (1996), e pós-doutorado na Universidade Complutense de Madrid/Espanha. A geógrafa da área de Educação Lana é bolsista produtividade 1D pelo CNPq, atualmente é Professora titular pela Universidade de Goiás. Possui experiência na área de Geografia e do Ensino, com ênfase em Geografia Urbana.
            Em suas discussões que margeiam a relação do Ensino no âmbito da Geografia, Lana destaca a contemporaneidade da Geografia, ressaltando que no processo de análise precisamos compreender as escalas do mundo globalizado, e para isso ela utiliza o método do raciocínio espacial na relação de ensino-aprendizagem, no intuito de desenvolver nos alunos uma visão ampla de mundo/ um outro olhar geográfico diante de fatos entrelaçados na sociedade contemporânea. Destaca também a importância do ensino de Geografia no processo educacional, abordando a importância da interação entre o Educador e os alunos para a construção do conhecimento que é feito a partir de trocas, reconhecendo cada sujeito atuante nessa relação e suas especificidades.


PETiano: Thiago Batista Biscaya de Souza




Adáuto de Oliveira Souza
 
Adáuto de Oliveira Souza, possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em 1986, graduação em Estudos Sociais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em 1983, mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho/Presidente Prudente (UNESP) em 1995 e doutorado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (USP) em 2002. 
 Atualmente é Professor Titular Aposentado na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Atua na área de Geografia com ênfase em Políticas Públicas Espaciais, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento regional, planejamento regional, relação público-privado e processos de industrialização, além da área de ensino em Estágio Supervisionado.  Na Pós-graduação é Pesquisador Sênior UFGD - Mestrado e Doutorado - orienta trabalhos relacionados à logística e transportes; ordenamento territorial e fronteira; políticas de saúde e assistência farmacêutica, parcerias público-privada 
 Em toda sua carreira publicou diversos trabalhos que se tornaram referencia em suas áreas e um de seus importantes trabalhos em sua trajetória acadêmica, trata-se de sua tese de Doutorado intitulada como “A estratégia dos distritos industriais como instrumento para o desenvolvimento regional e sua aplicabilidade em MS”, onde o próprio traz-nos uma reflexão sobre a importância dos distritos industriais, importância de cidades pólo para um desenvolvimento regional e necessidades de políticas publicas para uma industrialização planejada, tratando mais especificamente da região Grande Dourados.  
 PETiano: Umberto de Andrade Filho







Bertha Becker: a "cientista da Amazônia"

Bertha Koiffmann Becker foi uma das geógrafas brasileiras mais importantes, sendo umas das matrizes do pensamento geográfico brasileiro. Becker foi precursora nos estudos sobre a região amazônica, tendo como foco de pesquisa a “Geopolítica da Amazônia”.  A geógrafa assistiu ao nascimento do CNPq (1951) e a institucionalização da pesquisa científica no Brasil, tendo se formado em Geografia e História em 1952 pela Universidade do Brasil. Tornou-se Doutora e Livre-Docente em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1970.

 Atualmente é professora Emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenadora do Laboratório de Gestão do Território – LAGET/UFRJ.  Seus estudos se voltam aos processos de ocupação/povoamento da Amazônia somado as alianças e conflitos entre os atores desse processo, com ênfase no Estado, que passou a ter um papel central na política de ocupação da região, principalmente na década de 1970. 

Por tanto, suas análises se dão a partir da Geopolítica, que analisa as relações entre poder e o espaço geográfico.  Para qualquer estudo sobre a região amazônica, a leitura da geógrafa Bertha Becker é imprescindível.

 Para conhecer um pouco mais sobre o pensamento da pesquisadora, recomendo os links abaixo:


Cientistas do Brasil. UNIVESP TV:

https://www.youtube.com/watch?v=joKzHQohaMY&t=7s

Lattes:

http://lattes.cnpq.br/9164795594647563

Geopolítica da Amazônia (Artigo):

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142005000100005

 

PETiano: Anderson Luiz R. de Oliveira



Friedrich Ratzel

Friedrich Ratzel nasceu no ano de 1844, na Alemanha. Foi um dos principais teóricos clássicos da Geografia, precursor da Geopolítica e do determinismo geográfico, ele elaborou as ideias fundamentais para a compreensão da Geografia moderna. Além de suas obras mais conhecidas que foram Antropogeografia e Geografia Política, Ratzel elaborou alguns conceitos como:
Determinismo geográfico: essa teoria é definida a partir da ideia de que o homem é produto do meio, ou seja, as condições do meio ambiente determinam a vida em sociedade. Esse pensamento foi influenciado pelas obras de Darwin, onde ele postula a ideia da evolução onde a espécie que melhor se adapta ao meio, sobrevive e se estabelece. Ratzel aplicou essas ideias na sociedade, onde os seres humanos, etnias e raças com melhor adaptação venceriam e dominariam os povos considerados inferiores. Porém de fato não se pode dizer que Ratzel era determinista, pois naquele momento não havia a consolidação desse termo (determinismo geográfico). Assim entendo que, os estudos e pesquisas o levavam a pensar como se davam esses processos e efeitos da colonização, do domínio e da sobrevivência de um povo.
Espaço vital: a partir do pensamento de que o Estado é o ápice da organização social para se defender, construir ou expandir e que essa organização aconteceria de forma natural em qualquer sociedade “avançada”, Ratzel elaborou o conceito de Espaço Vital que é definido como “as condições espaciais e naturais para a manutenção ou consolidação do poder do Estado sobre o seu território, ou seja, seriam as condições naturais disponíveis para o fortalecimento de uma dada sociedade ou povo”.
Esses conceitos justificaram durante muito tempo a colonização e o nazismo, pois de acordo eles o Estado mais organizado, fortalecido e adaptado ao seu local tinha mais poder sobre outros povos que estavam em situações mais fragilizadas ou que viviam com uma outra visão de mundo, em outro ritmo. Como exemplo disso, posso citar a colonização brasileira. Diversas etnias indígenas se organizavam e viviam sob lógicas sociais próprias, quando os portugueses chegaram no Brasil achando que eram mais desenvolvidos (evoluídos) e que aqueles povos que aqui moravam eram inferiores e “sem alma”, o que justificava a catequização para a posterior exploração da mão de obra dos indígenas.

 PETiano: Ednilson de Souza Ceobaniuc Araujo





Carl Sauer

Carl Sauer (Carl Ortwin Sauer, 1889-1975), foi um geógrafo estadunidense, nascido no estado de Missouri, com pais de origem alemã. Sauer é considerado um dos principais nomes da história do pensamento geográfico, sendo um dos precursores da chamada Geografia Cultural. O mesmo foi líder da “Escola de Berkeley”. Tendo grande importância para a academia, além de fazer diversas contribuições para várias áreas do conhecimento.
Sauer fez inúmeros estudos observando a paisagens e as influências do homem na mesma, uma de suas principais obras é o livro “The Morfology of Landscape” (A Morfologia da Paisagem), produzido no ano de 1925, no qual tece algumas de suas principais considerações sobre a Geografia e os rumos da área cultural. Neste trabalho, Sauer revitaliza a Corologia como área de estudo importante da ciência geográfica. O autor valorizava as relações entre o homem e o ambiente, concebendo a paisagem como um habitat e rompendo com as premissas que traziam esse conceito em uma perspectiva formal, funcional e genética, aplicando o conceito do determinismo cultural como determinante a paisagem. Em uma de suas frases, o mesmo afirma que “o último agente que modifica a superfície da Terra é o homem”. Assim, o ser humano deve ser considerado como um “agente geomorfológico”, que intervém e ressignifica as feições superficiais terrestres.
O autor trouxe diversas contribuições para a Geografia, como a valorização do aspecto cultural na perspectiva antropocêntrica; a manutenção do respeito sobre temas concernentes ao mundo vivido, abrindo perspectivas sobre a percepção do ser sobre o real; destaque para a interdisciplinaridade entre Geografia e as ciências humanas em geral, além da Filosofia; a valorização do trabalho de campo como forma de desmitificar ideias concebidas a priori.
Carl Sauer entendia como importante para a Geografia o entendimento sobre o mundo vivido, isto é, o espaço conforme apreendido pelas diferentes pessoas, a partir de suas influências culturais. Afinal cada indivíduo é único, pensa e vê o mundo por perspectivas diferentes.

Referências:
PENA, Rodolfo F. Alves. "Carl Sauer"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/carl-sauer.htm. Acesso em 16 de outubro de 2019.
[1] HOLZER, W. Nossos Clássicos: Carl Sauer (1889-1975). GEOgraphia. Ano II, nº4, 2000. p.135-13
Geografia cultural de Carl Sauer; Geo Mestrepedia. Disponível em: https://geomestrepedia.blogspot.com/2016/06/geografia-cultural-de-carl-sauer.html
Fontes das imagens:
PETiana: Karinny Fabiano da silva






MAXIMILIEN SORRE   
 
MAXIMILIEN SORRE - nasceu no dia 16 de julho de 1880 em Rennes na França e morreu no dia 10 de agosto de 1962. É um geógrafo francês, atuou na área da Geografia, Biologia e Ciências Sociais, sendo reconhecido mundialmente. Max Sorre foi um seguidor da Escola de Geografia possibilista. Formou-se professor até a Primeira Guerra Mundial.  Foi discípulo de Paul Vidal de la Blache, foi quem mais avançou nas relações entre homem-natureza utilizando o conceito de “gênero de vida”, que falava da relação entre a população e os recursos em uma situação de equilíbrio, construída historicamente pelas sociedades. A ideia de que a Geografia deve estudar as formas pelas quais os homens organizam seu meio, entendendo o espaço como a morada do homem. O habitat é então uma construção humana, uma humanização do meio, que expressa às múltiplas relações entre o homem e o ambiente vivido. Max Sorre observa que a geografia produzida é a ecologia do homem, se estabelecendo como a relação dos grupos humanos com seu ambiente.
 Outro conceito importante de Maximilien Sorre foi o de “Complexos Patogênicos” que, estudado sobre a ótica da Geografia Humana, conseguiu aproximar a Geografia aos estudos de Epidemiologia, levando a Geografia a se ramificar e fazer estudos dentro de uma área da Geografia Médica.
PETiana: Ana Carla Barbosa Cardoso









ZENY ROSENDAHL 
 
Compreender a relevância dos trabalhos e pesquisas de geógrafas faz parte de um processo de reconhecimento e visibilidade das mulheres que, por muitas vezes, foram silenciadas ao longo da história, não tendo direito de escrever sobre seu ponto de vista, suas próprias narrativas.
 Muitos são os percalços que nós mulheres pesquisadoras em Geografia, e das demais ciências, enfrentamos ao longo da trajetória acadêmica e, por isso, não pude deixar de escolher discorrer sobre Zeny Rosendahl.
 Atualmente é professora do Programa de Apoio à Pesquisa e Docência da UERJ, possui graduação e mestrado em Geografia pela UERJ, concluiu seu doutorado em 1994, pela USP e seu doutorado em 1997, na Universidade Sourbonne, França. Zeny é fundadora do Programa de Extensão em Estudos Avançados em Geografia, Religião e Cultura (PEAGERC) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Espaço e Cultura (NEPEC).
Atua continuamente, desde 1994, em pesquisa na área de Geografia, com ênfase em Geografia Cultural, principalmente na temática da religião. Suas pesquisas atravessam temas como: difusão e área de abrangência da fé; território e territorialidade religiosa; espaço e lugar sagrado – percepção e simbolismo.
Por meio das reflexões sobre as marcas e matrizes dos comportamentos étnico-religiosos na formação do território brasileiro e a dinâmica espacial da fé na hipermodernidade, fui atraída por suas pesquisas, principalmente após a leitura do livro: “Introdução à geografia cultural”, organizado por ela em conjunto com Roberto Lobato Corrêa. Pioneira nesse quesito, a geógrafa trata das manifestações de fé, não como eventos isolados, mas aborda de maneira geográfica as matrizes culturais e a dispersão geográfica dessas culturas no Brasil. Inclusive colocando o foco nas narrativas de mulheres e problematizando o universo feminino nas práticas religiosas e culturais.
PETiana: Andressa Silva Hoffmann




        Fabiano de Oliveira Bringel
Ao falar deste geógrafo, lembro da primeira vez que o conheci, que foi no Encontro Nacional de Geografia Agrária (ENGA), ocorrido em 2018 na Universidade Federal da Grande Dourados, evento no qual eu fui monitor de uma das mesas em que ele participava,  mesa esta que tinha como tema de discussão a questão do direito ao território dos povos tradicionais e indígenas, intitulada de “Direitos ao território, direitos à vida e a questão agrária” lembro-me de como a contribuição dele foi de extrema importância para entendermos as questões que envolvem os conflitos pelo território, principalmente na região amazônica, que apesar de ter muito enfoque por causa de notícias que saem na mídia, o conhecimento sobre os conflitos territoriais existente nesta região em especifico é ainda desconhecido por muitas pessoas e até mesmo por muitos geógrafos.


Outra lembrança que guardo é do momento de divulgação de lançamentos de livros que ocorreu no evento, momento este em que ele divulga o lançamento e a venda do livro Os “nós” da questão agrária na Amazônia, livro no qual ele é um dos organizadores. Este livro reúne uma coletânea de pesquisas envolvendo a questão agrária na Amazônia, realizado pelo grupo de pesquisa territorialização camponesa na Amazônia (GPTECA). O livro revela as diversas formas de territorialização dos grupos de camponeses, indígenas e quilombolas existentes na região amazônica, revelando também os conflitos territoriais gerados por meio de políticas econômicas que desprezam e tentam destruir as práticas e saberes tradicionais destes povos, mas, ao contrário do que se é imaginado, resistem e também encontram formas de resistências por meio de novas formas e práticas destes saberes que não são esquecidos, se manifestando na territorialidade dos mesmos.
Os “nós” da questão agrária na Amazônia é um livro que além de revelar as velhas e novas formas de atuação tanto do agronegócio como também dos camponeses e dos povos tradicionais da região amazônica, revela o quão diversa, rica e única, é a formação socioespacial desta região, se tornando também, um livro de extrema importância para aqueles que desejam conhecer sobre a região Amazônica. Fabiano de Oliveira Bringel, é graduado em geografia (licenciatura e bacharelado) pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com mestrado em agricultura familiar pela UFPA/EMBRAPA (2006) e com Doutorado em geografia pela Universidade Federal do Pernambuco (UFPE - 2015), na área de  Regionalização e Análise Regional, tendo como tema da sua tese: “A fronteira capitalista na Amazônia Paraense e Territorialidade Camponesa pós – 1960.”   
Além de geógrafo e Professor da Universidade estadual do Pará (UEPA) é também um ativista político que luta pelas causas dos povos tradicionais da Amazônia, nunca deixando de aliar a teoria e conhecimento teórico adquiro na geografia a sua práxis enquanto pesquisador, professor/geógrafo e cidadão. As pesquisas realizadas por ele e pelo seu grupo de pesquisa, no qual ele coordena, o GPTECA, revela a diversidade da geografia Brasileira atualmente, mostrando que as pesquisas realizadas na sua universidade e pelas demais existentes na região norte e amazônica contém uma alta qualidade além de uma grande complexidade, tão quanto aquelas encontradas nas universidades mais tradicionais do País.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MACEDO, Cátia, Oliveira; BRINGEL, Fabiano, de Oliveira; SOUZA, Rafael, Benevides; SANTANA, Rosiete, Marcos. (Orgs.) Os “NÓS” da questão agrária na Amazônia. Belém: Editora Açaí, 2016.
PETiano: Anderson Aparecido Santos da Silva







Carlos Walter Porto Gonçalves

           Carlos Walter Porto Gonçalves é graduado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1972), cursou seu mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: Geografia dos Conflitos Sociais, Geografia e Movimentos Sociais, Justiça Territorial e Ecologia Política. Foi presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros (1998-2000). Membro do Grupo de Assessores do Mestrado em Educação Ambiental da Universidade Autônoma da Cidade do México. Ganhador do Prêmio Chico Mendes em Ciência e Tecnologia em 2004. Autor de diversos artigos e livros publicados em revistas científicas nacionais e internacionais. 

          Uma de suas grandes obras trata-se do livro “Os (des)caminhos do Meio Ambiente”, a obra aborda uma reflexão sociológica e epistemológica: as relações entre ser humano, desenvolvimento e natureza. O autor discute de modo crítico e holístico a problemática social, o contexto histórico-cultural das lutas sociais e ecológicas que estimularam o surgimento do movimento ecológico. 

        O autor trata sobre o desenvolvimento humano, desde o início do conceito biológico de população, que se deu após a publicação em 1859 da obra de Charles Darwin A origem das espécies, onde ele demonstra o que até então não tinha explicação em termos científicos, que a evolução das espécies é um fenômeno natural. Atualmente Carlos é Professor Titular da Universidade Federal Fluminense e Coordenador do LEMTO - Laboratório de Estudos de Movimentos Sociais e Territorialidades. 


Referencias:
PETiana: Eveline Caldeira Vasconcellos










MARÍA LAURA SILVEIRA
Lattes da pesquisadora   http://lattes.cnpq.br/7780900056825313

            María Laura Silveira pesquisadora e escritora, formou-se em Geografia pela Universidad Nacional del Comahui (Argentina), Doutora em Geografia humana pela Universidade de São Paulo. Atuou como professora assistente no local onde concluiu sua graduação, assim como docente RDIDP pela Universidade de São Paulo.
            Desempenhou a função de pesquisadora principal do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas, no Instituto de Geografia na Universidade de Buenos Aires. Envolveu-se vários projetos, tais como, Uso corporativo do território, metrópoles e circuitos da economia urbana na América Latina, (CONICET); Urbanização e fenômeno financeiro em Buenos e São Paulo no período da globalização, (CONICET-FAPESP); e Território usado, urbanização e circuitos da economia urbana na área concentrada da Argentina, (CONICET).
            No ano de 2017 a Profa. Maria Laura esteve na UFGD, ministrou disciplina na pós-graduação e fez palestra na graduação, um privilégio para os alunos da Geografia da UFGD.
Dentre suas obras estão:
O BRASIL: TERRITÓRIO E SOCIEDADE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI:
Tangeu-se a um trabalho realizado em conjunto com geógrafo Milton Santos, demonstrando que o território brasileiro é o espaço nacional de uma economia internacionalizada, constatando as particularidades do território, as quais podem ser usadas a favor das grandes corporações como em benefício da população.
CONTINENTE EM CHAMAS: GLOBALIZAÇÃO E TERRITÓRIO NA AMÉRICA LATINA:
Decorre com base em obras de especialistas latino-americanos, tais como Daniel Hiernaux-Nicolas, Luis Riffo e Lia Osorio Machado, dentre outros, o livro aborda um estudo das novas dinâmicas e organização do território no ápice das inovações de dados técnicos e políticos mundiais, desta forma colocando em evidência a semelhança entre as transformações políticas e crises sociais, econômicas, políticas e territoriais no panorama de cada país. Estas diversas especificidades dos territórios nacionais exibe o modo a profundidade como também a natureza de cada país na globalização em sua particular forma de exclusão.

              

Fontes:
PETiano: Micael Petri Lima Soares






Rogério Haesbaert da Costa: o geógrafo da (des)territorialização
 
Rogerio Haesbaert da Costa possui Licenciatura em Geografia, sendo formado em 1979 e Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria (1981). Mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1986), doutorado pela Universidade de São Paulo (1995) e Pós-Doutorado em Geografia sob supervisão de Doreen Massey pela Open University, Inglaterra (2003). Atualmente Professor Titular do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense e Professor do Curso de Pós-Graduação em Políticas Ambientales y Territoriales da Universidade de Buenos Aires. Vale ainda ressaltar que Haesbaert é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq nível 1A. 
O professor Haesbaert no ano de 2017 ganhou o prêmio geógrafo destaque na ANPEGE (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Geografia) por sua obra – um dos geógrafos mais jovens a receber o prêmio 
Seus trabalhos são focados nos conceitos de Território e Região, no qual analisa a ideia de territorialização e desterritorialização, identidade, territorialidade e migração. Entre suas publicações destaca-se os livros “O Mito da Desterritorialização: do ‘fim dos territórios’ à multiterritorialidade” (2004), “Regional-Global: dilemas da região e da regionalização na Geografia contemporânea” (2010), “Viver no limite: território e multi/transterritorialidade em tempos de in-segurança e contenção” (2014), “Des-Territorialização e Identidade: a rede ‘gaúcha’ no Nordeste” (1997) e “Territórios Alternativos” (2002).
Tive o primeiro contato com sua obra durante o primeiro semestre da graduação na disciplina Geografia da População e quando o assunto é Território, Região, Territorialidade, Migração e elementos da dinâmica populacional a leitura das obras de Rogério Haesbaert é essencial.
Em seu livro “O Mito da Desterritorialização”, o qual tive a oportunidade de ler, Haesbaert discute, em um diálogo com outros autores como Gilles Deleuze e Foulcault, a ideia de uma multiterritorialidade ou mesmo uma territorialização precária em oposição à desterritorialização, fazendo uma análise do território, não como algo fixo ou estático más sim como fruto da interação entre as relações sociais e as relações de poder.

Suas colaborações com a Geografia, na forma de palestras e conferências, estão disponíveis na internet, links de acesso: 






Alguns dos livros do professor Haesbaert:


Referências Bibliográficas 
HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização: do "fim dos territórios" à multiterritorialidade. 9. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2016. v. 1. 396p. 
PETiano: Anderson Luiz R. de Oliveira








Roberto Lobato Azevedo Corrêa

Roberto Lobato Azevedo Corrêa, Nascido em 05 de novembro de 1939. É Geografo e professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fez a sua graduação na mesma Universidade em que leciona sendo formado em 1961 (Bacharel e Licenciatura), possui Mestrado em Geografia Humana e Economia pela Universidade de Strasbourg, na França em 1965, Master of Arts, Department of Geography - The University of Chicago, Estados Unidos, em 1974, além de ser Doutorado também pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1999.
Ao falar de Roberto Lobato Corrêa me vem à memória um dos seus principais livros que eu tive o prazer de lê, no qual tinha como principal tema o Espaço Urbano, (que tem o mesmo título) fazendo uma análise de forma bem didática e com uma linguagem bem simples sobre os principais conceitos em geografia Urbana e tendo a cidade do Rio de Janeiro como o seu principal palco de estudos. Mesmo o autor escrevendo o livro de forma bem simples e didática o livro não perde a sua essência crítica, analisando os fatores que levam ao processo de centralização (quando há uma concentração de comércio e infraestrutura em um determinado local), descentralização (quando essa infraestrutura e comércio vão para outras localidades da cidade) e de recentralização (quando o comércio e infraestrutura voltam ao local de onde tinham saído) além de analisar as principais causas e consequências que estes tipos de processos tem na vida das pessoas que moram nos meios Urbanos.
O seu principal destaque e contribuição para a Geografia Brasileira vem com os seus livros que abordam o tema da cultura na produção do Espaço Brasileiro, se tornando um dos poucos geógrafos existente no Brasil que abordaram este tema dentro da Geografia Brasileira, sendo que as suas principais obras sobre o tema são: Espaço e Religião: Uma abordagem Geográfica (1996); Paisagem Tempo e Cultura (1998); Matrizes da Geografia Cultural (2001); Introdução a Geografia Cultural (2003); Paisagens, Texto e Identidade (2004); Geografia: Temas sobre Cultura e Espaço (2005);
Literatura, música e espaço (2007); Espaço e Cultura, Pluralidade Temática (2008); Cinema, Música e Espaço (2009); Economia Cultura e Espaço (2010); Trilhas do Sagrado (2010); Geografia Cultural: Uma antologia (2012); Cultura, Espaço e o Urbano. 



Referências Bibliográficas

CORREA, R. L. A. O espaço Urbano. São Paulo: Editora Ática, 1986.

Sites Consultados
Petiano: Anderson Aparecido








   Antônio Carlos Robert Moraes 


Antônio Carlos Robert Moraes é geógrafo e escritor, dentre suas obras, está o destacado livro “Geografia: pequena história crítica” (1981), no qual, o autor exprime a partir de suas visões a estruturação da ciência geográfica, suas mudanças e contextos desde as escolas Alemã e Francesa até a geografia crítica evidenciada, o Brasil, a partir da década de 70. De clara importância, o livro discute e retrata, as influências e o processo de formação dos estudos de geografia no Brasil.
O autor, trabalhou em seus livros e artigos questões referentes à metodologia, história da geografia e formação territorial do Brasil, pode-se citar entre estes “Geografia Histórica do Brasil, capitalismos, território e periferia” (2011), “A fazenda de Café” (1985). Suas discussões sobre a formação territorial no Brasil tinham como base a geopolítica e as políticas territoriais. Segundo a plataforma Lattes, Moraes atuou também “no campo das políticas territoriais no Brasil e no exterior, sendo consultor do Estado e de órgãos governamentais, com destaque para programas de ordenamento territorial de áreas litorâneas[…]”.
Nascido em 1954 em Poços de Caldas – MG, graduou-se pela Universidade de São Paulo (USP), em Geografia (1977) e Ciências Sociais (1979), nesta mesma universidade obteve o título de mestre em 1983, doutor em 1991 e em 2000 defendeu a livre docência com a obra “Geografia, Capitalismo e Meio Ambiente”. Foi ainda, professor titular no Departamento de Geografia da da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFLCH) e coordenador do Departamento de Geografia Política, até 2015, ano de seu falecimento.



Fontes:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787160P7
Imagens: 

Petiana: Steffanny Pereira








João Afonso Zavattini 
 
O professor Dr. João Afonso Zavattini é considerado um dos nomes referencias no campo da Geografia Física, mais precisamente nos estudos de Climatologia. Seus estudos na Climatologia se centram em análises rítmicas, dinâmica das massas de ar e dos tipos de tempo, circulação atmosférica e precipitações, classificação climática de base genética, além de outros tópicos que englobam essa área de conhecimento. Entre seus estudos mais conhecidos, se destaca sua tese de doutorado (1990) que mais tarde foi adaptada para um livro (2009) - “As chuvas e as massas de ar no Estado de Mato Grosso do Sul: estudo geográfico com vista à regionalização climática” - largamente utilizado, principalmente nos estudos de Climatologia referentes ao estado de Mato Grosso do Sul. 
Seus estudos enfatizam as compreensões de clima levando em consideração as dinâmicas atmosféricas resultadas da sucessão dos tipos de tempo, que por sua vez são gerados pela participação dos mais diversos sistemas atmosféricos, o que dá ao tempo uma compreensão de suas origens genéticas, conforme as teorias apresentadas por Monteiro (1962) nas análises rítmicas, levando a compreensão do clima à sucessão desses tipos de tempo em suas mais diversas relações com o meio geográfico nas diferentes escalas do clima. 
De acordo com a plataforma Lattes, Zavattini é Graduado em Geografia pela UNESP de Presidente Prudente - SP (1977), mestre (1983) e doutor (1990) em Geografia Física pela USP de São Paulo (SP), livre-docente em Climatologia (2002) pela UNESP de Rio Claro (SP), onde atua como professor adjunto do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências e Ciências Exatas, e pós-doutorado (2006/2007 e 2010/2011) pela Università degli Studi di Torino (Itália). 


PETiano: Gabriel Farias 







Ruy Moreira 
 
Ruy Moreira nasceu em 31 de dezembro de 1941, é graduado (licenciado e bacharel) em Geografia pela Universidade Federal de Rio de Janeiro- UFRJ (1970), fez seu Mestrado na mesma Universidade (1984), Doutor em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo- USP (1994) e Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual do Ceará – UECE (2016). É Professor permanente do curso de pós-graduação (mestrado e doutorado) da Universidade Federal Fluminense- UFF, onde é aposentado pelo Departamento de Geografia, e professor permanente do curso de pós-graduação (mestrado) em Geografia da FFP-UERJ. 
Foi Presidente da Associação dos Geógrafos brasileiro (AGB) de 1980-1982, pode ser considerado um geógrafo critico brasileiro pois, participou diretamente do movimento marxista de renovação da Geografia no ano de (1980), suas pesquisas abordam a questão do ‘’método, epistemologia e ontologia’’ da Geografia brasileira no intuito de concretizar a organização geográfica da Formação espacial do Brasil, dentre suas principais obras publicadas ele faz abordagens de suma importância como relações sociais e econômicas , homem e meio, e trazendo várias linhas de pensamentos geográficos desde o principio, para uma possível compreensão dos métodos utilizados para a formação socioespacial brasileira. Essas reflexões que ele ressalta em suas obras, utilizando sua geograficidade para explicar essa dinâmica de pensamentos da Geografia, tendo como base desde as ‘matrizes’ da Geografia, até seus pressupostos atuais de aplicação dessa maneira de ver o mundo. 
PETiano: Thiago Batista Biscaya de Souza 







Pierre Monbeig

Pierre Monbeig foi um dos fundadores da USP, bem como se destaca como um dos marcos da Geografia Brasileira. Geógrafo francês, Monbeig inaugurou um novo pensamento na geografia brasileira, como membro da missão francesa para fundar a USP, foi precursor de teorias primordiais na pesquisa geográfica, ou seja, a observação de campo, a análise regional e as análises de situação. Com Monbeig, a geografia brasileira inicia o processo de uma disciplina voltada para o exercício da pesquisa, do ensino e para uma redefinição na relação entre geografia física e humana. 
Monbeig trouxe para o Brasil as contribuições da geografia francesa, segundo CASSAB, 2010:
Sua formação na Geografia francesa influenciou fortemente sua prática, tanto no que concerne ao peso dado à História para a explicação da realidade, quanto pela ênfase à descrição detalhada da paisagem e dos homens, em especial da sociedade local, como elemento fundamental para a análise geográfica”. (Cassab, 2010. P. 1-2)
Para Monbeig, o trabalho de campo constituía uma das especificidades essenciais da geografia, pois para o autor, cabia a geografia estudar a realidade como uma totalidade complexa.

Conheça mais sobre o autor: A Geografia de Pierre Monbeig
                                           








Milton Santos

Milton Santos é considerado o maior geógrafo brasileiro. Recebeu mais de 20 títulos de doutor honoris causa, escreveu mais de 40 livros e cerca de 300 artigos científicos. Lecionou nas mais conceituadas universidades da Europa e das Américas e foi o único estudioso fora do mundo anglo-saxão a receber a mais alta premiação internacional em sua especialidade, o Prêmio Vautrin Lud (1994), considerado o Nobel da Geografia. Milton Santos também foi o primeiro negro a obter o título de professor-emérito da Universidade de São Paulo.

Quer conhecer mais acesse o link:

PETiana: Andressa Remelli







Aziz Ab'Saber
 
Nascido em 24 de outubro de 1924, Aziz Nacib Ab’Saber foi um grande geógrafo e professor polivalente, laureado com as mais altas honrarias científicas em geografia, arqueologia, geologia e ecologia. Considerado como referência em assuntos relacionados ao meio ambiente e a impactos ambientais decorrentes das ações humanas, ganhador do Prêmio Internacional de Ecologia de 1998 e o Prêmio Unesco para Ciência e Meio Ambiente. Foi professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, em que mesmo aposentado desde o final do século XX, manteve-se em atividade até o fim de sua vida em 16 de março de 2012. 

Quer conhecer mais acesse o link:



PETiano: Wiliam Moreno








Ariovaldo Umbelino de Oliveira

Ariovaldo Umbelino de Oliveira é um dos mais renomados autores da Geografia, ele é professor e Doutor em Geografia, atua como Livre-Docente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas do Departamento de Geografia Humana na Universidade de São Paulo-USP. Concentra sua produção acadêmica na área de Geografia Agrária, entre suas principais obras estão "Agricultura Camponesa no Brasil", "Geografia das Lutas no Campo", "Modo Capitalista de Produção, Agricultura e Reforma Agrária". Cabe destacar também o Prêmio Jabuti recebido em 1997, a premiação foi de melhor livro didático. Ariovaldo foi e continua sendo uma das grandes referências da Geografia, suas obras são de grande importância principalmente para os estudos relacionados ao campo. 

Quer conhecer mais acesse o link: Ariovaldo Umbelino de Oliveira.
PETiano: Leonardo Calixto







David Harvey
 
Nascido em 7 de dezembro de 1935 na Inglaterra. David Harvey foi geógrafo e professor, trabalha com temas ligados à geografia urbana e ministra aulas na Universidade da Cidade de Nova Iorque. Harvey lançou em 1969 seu primeiro livro, intitulado Explanation in Geography que trata sobre a epistemologia da geografia. Em outros livros, Harvey mudou o foco dos seus estudos para as problemáticas urbanas. No livro The Limitsto Capital, o geógrafo se debruçou sobre pensamentos marxistas e apresentou sua posição heterodoxa em relação às teorias de Marx. Anos depois, foi defendido por FredericJameson e ganhou novo fôlego entre os estudiosos.Algumas obras de David Harvey: A Justiça Social e a Cidade, Para Entender o Capital, A Produção Capitalista do Espaço Condição Pós-moderna, Espaços de Esperança Explanation in Geography, O Enigma do Capital e as Crises do Capitalismo, O Novo Imperialismo Para Entender o Capital: Livro I The Limitsto Capital.


PETiano: Wiliam Moreno







Maria da Graça Barros Sartori

Maria da Graça Barros Sartori, nascida em Julio de Castilhos/RS, Foi uma professora, pesquisadora, geógrafa e climatologista brasileira. Iniciou seus estudos em 1968 no curso de licenciatura da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), focada na área de Geografia Física. Concluída a graduação em 1972, imediatamente passou para o mestrado na Universidade de São Paulo (USP), defendendo em 1979 a dissertação O Clima Urbano de Santa Maria – do Regional ao Urbano, louvada pela originalidade de sua contribuição. Em seguida passou a dar aulas no Curso de Geografia da Faculdade Imaculado Coração, em Santa Maria, onde permaneceu até 1980, quando passou a lecionar na UFSM, ministrando várias disciplinas, e chegando à posição de chefe do Departamento de Geociências entre 1992 e 1994.
Foi a fundadora do Mestrado em Geografia da UFSM e uma das fundadoras da Associação Brasileira de Climatologia (ABClima), e como tal integrante do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Climatologia. É tida como uma grande climatologista, tendo contribuído expressiva e originalmente para o avanço desta ciência no Brasil. Seu falecimento foi marcado com uma nota de pesar da ABClima, sendo descrita como “uma mulher íntegra, forte, corajosa, elegante, além de excelente professora e pesquisadora”.
Sendo também homenageada no XI SBCG E V SPEC CoC UGI pela obra realizada no livro sobre clima e percepção geográfica na qual a autora aborda os fundamentos teóricos à percepção climática pelo homem que influencia seu ajustamento ao meio atmosférico. Como os indivíduos percebem o tempo e o clima é assunto principal no campo da percepção ambiental, influenciando nas suas sensações de conforto e de desconforto físico e mental.

Maria da Graça, ao lado dos professores João Lima, Francisco Mendonça e Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro
PETiano: Edson Ribeiro






Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro
Minha primeira lembrança do Prof.Carlos Augusto remete-me a o inicio de minha graduação, quando ainda iniciava meu caminhar, minhas descobertas na área da Climatologia. Mesmo passados mais de duas décadas lembro-me de como a leitura de “A Frente Polar Atlântica e as chuvas de inverno na fachada sul-oriental do Brasil” me arrebatou e descortinou aquilo que desejava fazer no âmbito da Geografia. Um texto claro, coerente e, acima de tudo, com um linguajar acessível, principalmente para aqueles que trilhavam os primeiros passos – que era meu caso.
Anos depois outros atos marcam meus encontros com o Mestre, três momentos ficaram registrados, o primeiro quando pude conhecê-lo pessoalmente, durante o III Simpósio Brasileiro de Climatologia Geográfica, realizado em Salvador no ano 1998, desse encontro guardei uma foto, hoje disponível no acervo de fotos históricas da ABClima (www.abclima.ggf.br). Na ocasião lembro-me de sua gentileza e de como fiquei contente em conhecer o autor das obras que lia. Menardi Junior, amigo querido, pesquisador que trabalhou com o Prof.Carlos Augusto, propiciou esse encontro.
O segundo momento foi em Florianópolis, no ano de 2003, quando da realização do V-ENANPEGE. Caminhava eu, na época doutorando, simposista do evento, pelo campus da UFSC e acabava de comprar o livro “Clima e Excepcionalismo”, obra que tive a oportunidade de ler quando da realização do mestrado. Nesse caminhar despretensioso de hora do almoço vi de longe o Prof.Carlos Augusto caminhando serenamente, não resisti, fui ao seu encontro e pedi que autografasse o livro. Lembro-me que me olhou e disse-me: “Menino ainda há desse livro para vender? As pessoas ainda lêem essa obra?”. Daquele encontro ficou uma risada espontânea, um gesto simples de afeto e o livro autografado que ainda guardo na estante com carinho.
O terceiro momento, já como profissional, foi durante o X Simpósio Brasileiro de Climatologia Geográfica, realizado em Manaus, durante a assembleia geral da ABClima, logo após a eleição da Diretoria da Gestão 2012-2014 o Professor Carlos Augusto saiu do lugar que ocupava e caminhou-me em minha direção, em um gesto dos mais importantes, parabenizou-me e desejou-me uma excelente gestão.
Carlos Augusto foi um geógrafo muito a frente de seu tempo, é dele a matriz do pensamento da climatologia brasileira, a Climatologia Geográfica. Sua obra “Teoria Clima Urbano” publicada em 1976 é um marco nos estudos de clima urbano e ainda hoje utilizada por geógrafos, arquitetos, engenheiros e ambientalistas. Durante sua vida tem se dedicado a escrever sobre Geografia e sua relação com a arte, à poesia, com obras romanescas, com a vida – para ele a Geografia está em tudo cabe ao geógrafo ver isso. Conhecer sua obra é apaixonante.

Conheça um pouco da vida e da obra do Professor Carlos Augusto: 


Tutor PETGeografia: Charlei Aparecido da Silva







Yves Lacoste

Nasceu em Fez, Marrocos em 1929, se formou em Paris na França e veio a ser conhecido como um dos geógrafos mais críticos de todo mundo. Foi um dos grandes inspiradores para a geografia brasileira, citado por Ruy Moreira em seu livro - O pensamento geográfico brasileiro. Lacoste se filiou ao partido comunista francês e desde então passou a se relacionar com importantes figuras de movimentos sociais, como dos argelinos. Sempre interessado nos estudos sobre os "países subdesenvolvidos" lançou um manuscrito sobre o tema, mas o seu maior clássico foi o livro "A geografia, serve em primeiro lugar, para fazer a guerra". Lacoste revelou técnicas Norte americanas para bombardear diques durante a guerra do Vietnã, o que causou forte polêmica na opinião pública dos EUA e do mundo. Yves teceu duras críticas a filósofos, geógrafos, entre outros. Uma das suas grandes indagações, foi de que a geografia era usada pelas mãos manipuladoras, para controlar e dominar as massas, como as técnicas usadas em guerras, citadas em sua principal obra.


PETiano: João Paulo Falcão








Éliséé Reclus

Éliséé Reclus (Sainte-Foy-la-Grande, 1830 – Torhout, 1905) Geógrafo e anarquista francês. Reclus fora aluno do Geografo alemão Carl Ritter, em 1851, na Universidade de Berlim. No mesmo ano Reclus retorna a França para lutar junto a outros franceses contra o golpe de Estado de Luis Napoleão. Com o sucesso do golpe, Reclus fora obrigado a exilar-se e na Inglaterra, acusado de ideias e práticas revolucionárias.
Reclus teve participação ativa na Comuna de Paris, em 1871, sendo este responsável pela biblioteca nacional. Ainda no mesmo ano, com o fim da Comuna sobre forte pressão do governo Frances e das tropas alemãs, Reclus foi preso e deportado para a Nova Caledônia junto a outros communards. Banido da frança por dez anos, visitou a América, a África e a Ásia. Realizou sua última grande viagem conhecendo a América do Sul, em 1893, onde visitou o Brasil. Ao final deste ano mudou-se para a Suíça, onde participou da Federação Jurassiana, uma organização operária impulsionada pelos anarquistas que haviam sido expulsos da Primeira Internacional.
Reclus mudou-se para Bruxelas, na Bélgica em 1894, onde trabalhou para a criação da Universidade Nova e do Instituto de Altos Estudo. Reclus contribuiu para diversas publicações, dentre as quais destacam-se Nova Geografia universal: a terra e os homens (dez volumes) e O homem e a terra (6 volumes)

“Sou geógrafo, mas antes de tudo sou anarquista”

Longe de prestar-se às manipulações ideológico-científicas, a orientação libertária de Reclus é a garantia de uma independência, de um juízo crítico e de uma honestidade indispensável a toda pesquisa sincera. As contribuições de Reclus vão além do “possibilismo” clássio e da corrente “determinista”, sem ignorar a existência de leis geográficas.
Do mesmo modo que sua geografia era fundamental para seu anarquismo, seu anarquismo enriqueceu sua geografia. Não podemos compreender Reclus se observarmos um sem a outra.

As “três leis” de Reclus

A luta de classes, a busca do equilíbrio e a decisão soberana do indivíduo, tais são as três ordens de fatos que nos revela o estudo da geografia social, e que, no caos das coisas, mostram-se bastante constates para que possamos dar-lhes o nome de leis, escreve Reclus em seu prefácio de O homem e a terra.
Essas leis são compreendidas como princípios gerais que não se confundem com simples mecanismos impiedosos; por sua prudência estilística, Reclus faz questão de ressaltá-los. Essas três leis constituem uma imensa contribuição por parte de Reclus, e a geografia está longe de ter explorado todas as suas incidências. Tomadas uma a uma, elas traduzem os avanços nas ciências sociais da época e as próprias preocupações de Reclus.
Por tanto, para além das questões políticas, a contribuição de Reclus baseava-se no reconhecimento da luta de classes, na busca pelo equilíbrio perdido em função da dominação de uma classe pela outra, e no reconhecimento do indivíduo, sem o qual não existe sociedade, sua concepção de educação é sempre pautada no indivíduo, na sua educação integral para que o mesmo atinja um nível de aperfeiçoamento capaz de levar as sociedades humanas à liberdade e no trabalho de campo.
A liberdade é entendida por Reclus, não somente como aquela da livre expressão, do livre pensar, mas como o direito ao pão, aos meios de produção, pela justa distribuição e o direito ao conhecimento, o alimento espiritual essencial, sem o qual não há liberdade.
Por fim, Élisée Reclus, se não é o geógrafo de maior produção, está entre os que mais produziram conteúdo, somente o Nova Geografia Universal, foram 17.873 páginas, 4.290 mapas e mais ou menos 1.000 fíguras, a essa obra seguiu-se O homem e a terra, em seis volumes de 3.589 páginas, sem deixar de considerar os seus 2 volumes de Le Terre e os demais escritos realizados nos períodos em que esteve viajando o mundo como os textos sobre a Escravidão nos Estados Unidos, sobre a Colômbia ou sobre a Colonização do Brasil.
PETiano: Igor Vinicius Venâncio









Paul Vidal de La Blache
 
No século XIX a ciência geográfica seria invadida pela ideia positivista, naturalista de Vidal de La Blache. O francês nascido em Pézenas, França em 1845, conceituou a geografia como a ciência dos lugares, para ele o objeto da ciência geográfica está na relação do homem e a natureza. Tendo o homem a possibilidade de dominar a natureza por meio da técnica. Vidal da La Blache é importante também no que concerne à Escola Francesa de Geografia, sendo um de seus precursores e fundador da revista Annales de Géographie (1891) um dos mais importantes periódicos do mundo. Suas concepções e métodos, como o de observação e descrição de paisagens, influenciaram estudos por toda a França e outros grandes nomes da área. Escritor de várias obras, onde trata da geografia humana, política entre outros assuntos. A obra intitulada Princípios de uma Geografia Humana, está disponível na biblioteca da Universidade Federal da Grande Dourados. 


PETiana: Steffanny Pereira







Francisco de Assis Mendonça
 
O Professor Francisco de Assis Mendonça graduado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), mestre em Geografia Física e Meio Ambiente pela Universidade de São Paulo (USP), doutor em Clima e Planejamento Urbano também pela USP e pós-doutor em Epistemologia da Geografia na Universidade de Sorbonne em Paris, França. É um dos nomes de grande importância para a geografia brasileira como um todo.
Contribuiu e vem contribuindo para a ciência ao se falar sobre questões entre as áreas física e humana, além de desenvolver pensamentos acerca da relação sociedade e natureza/homem e meio ambiente. Segundo ele, “Sociedade e natureza fazem parte de um só plano, de uma só condição de existência.” Talvez por esta razão também tenha se dedicado à climatologia e sua influência em nosso dia a dia trazendo questionamentos como a qualidade do ar que respiramos ou os possíveis fatores humanos de interferência na escala climática global.
PETiana: Mirlla Casimiro







Arlete Moises Rodrigues

Ler alguma obra de Arlete Moises Rodrigues faz parte da bibliografia básica da maioria que pretende entender, pesquisar, analisar o espaço urbano. Mulher, paulista, licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo em 1971, mestrado em Geografia pela Universidade de São Paulo e doutorado em Geografia também pela Universidade de São Paulo (1988). Já atuou como docente em Geografia pela UNICAMP. Tem experiência na área de Geografia Urbana atuando principalmente nos temas: cidade, espaço urbano, estatuto da cidade, ambiente, problemática ambiental urbana, e movimentos populares. De 1988 a 1990 foi presidente da AGB-Associação dos Geógrafos Brasileiros. Atualmente é professora colaboradora ms4 - Universidade Estadual de Campinas.
Assim como a maioria dos geógrafos e professores de referência, é escritora. Entre seus livros encontram-se duas obras disponíveis para download em seu blog (http://arletemoysesrodrigues.blogspot.com.br/) são: “Produção e Consumo do e no Espaço: Problemática Ambiental Urbana”, “Na Procura do Lugar o Encontro da Identidade. Ocupação Coletiva da Terra. Osasco-SP”. O livro que destaco entre suas maiores obras é “Moradia nas Cidades Brasileiras” (Disponível na Biblioteca da UFGD), onde Rodrigues evidencia que morar é preciso, é uma realidade evidente, analisa os problemas habitacionais em nosso país, especialmente nas grandes cidades, analisa as condições de vida nos cortiços, favelas, vilas operárias e casas de aluguel, formando uma situação atual da moradia popular nas cidades brasileiras, da especulação imobiliária e dos movimentos sociais que reivindicam o direito pela habitação.
Além de livros, Rodrigues é autora de vários artigos originalmente publicados em livros como, “sociedade em movimento território da metrópole”, “Produção do espaço urbano” e muito mais. Produziu importantes artigos, dentre eles: “A Cidade como Direito”, “Direito à Cidade e o Estatuto da Cidade” e “El Aumento del Número de Estados y su Fraglidad Interna”. Também é nome de extrema importância nacional em mesas redondas, debates, entrevistas e conferencias na área da Geografia e Espaço Urbano.
Enfim, Rodrigues até parece que é mais de uma pelo número de trabalhos que realizou e realiza em benefício da ciência geográfica, e segundo nossa professora Maria José, é uma pessoa muito direta e que não faz rodeios para dizer o que pensa. Ou seja, é bem autentica.


PETiana: Lidiane Cristina Garcia









Maria Encarnação Beltrão Sposito
 
Graduação em Geografia, Licenciatura e Bacharelado, pela Universidade Estadual Paulista (1977), Campus de Presidente Prudente. Mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (1984), Campus de Rio Claro. Doutorado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (1991). Realizou estágio pós-doutoral em Geografia na Université de Paris I - Sorbonne (1995). Obteve o título de Livre Docência, em Geografia Urbana, na UNESP, Campus de Presidente Prudente, em 2005. Atualmente, é docente dos cursos de Graduação, Mestrado e Doutorado em Geografia da instituição em que trabalha como professora titular do Departamento de Geografia daUNESP, Campus de Presidente Prudente. Coordena a Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias (ReCiMe). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: produção do espaço urbano, estruturação urbana e cidades médias.

Mais sobre a autora no link: Maria Encarnação Beltrão Sposito

 
O Renascimento Urbano e a conformação da urbanização sob o modo de produção capitalista (Capitalismo Mercantil).

Breve relato do livro

A cidade como espaço de suma importância, e a urbanização como processo expressivo e extenso a nível mundial a partir do capitalismo.
O processo de retomada da urbanização, do renascimento das cidades, foi possível pela reativação do comércio, enquanto atividade econômica urbana. Ao se desenvolver, esse comércio foi criando as condições para a estruturação do modo de produção capitalista e, simultaneamente, a destruição dos pilares da economia feudal (o latifúndio, sua economia fechada e a servidão).
O papel dos Estados Nacionais Absolutistas (a urbanização moderna): Grande reforço do processo de urbanização. Este reforço decorreu do fim do monopólio feudal sobre a produção alimentar e do fim do monopólio sobre a produção manufatureira, estimulando as manufaturas e enfraquecendo as corporações de ofício que limitava a produção. Além do mais a formação dos Estados Nacionais Absolutistas permitiu o adensamento populacional na medida em que o aparato político-administrativo que dava amparo ao Estado propiciou o aparecimento de uma burocracia numerosa e a formação de exércitos permanentes.

PETiano: Julio Gonçalves







Antonio Christofoletti
 
Antonio Christofoletti nasceu no dia 13 de junho de 1936, em Rio Claro, São Paulo, filho de imigrantes italianos. Possui graduação em Geografia (Licenciatura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1986), graduação em Geografia (Bacharelado) - UNESP (1986), mestrado em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo (1992) e doutorado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). 
O geógrafo atuou principalmente nos seguintes temas da Geografia: Climatologia Geográfica, Hidrologia, Geometria Fractal aplicada em Geografia Física o professor Antonio Chistofoletti teve como orientador o professor doutor Aziz Nacib Ab´Saber, ao qual dizia ser grande mestre e amigo. Christofoletti faleceu em 11 de Janeiro de 1999, em sua cidade natal, onde trabalhou e escreveu as suas principais obras citadas, deixando uma imensa contribuição à geografia brasileira do séc. XX.
Em seus estudos Christofoletti demonstrou maior interesse nos estudos referentes à Geografia Física, tendo divulgado obras mais específicas e de cunho mais quantitativista, como em: "Geomorfologia" e "Geomorfologia Fluvial". Além disso, seus estudos sobre a Teoria dos Sistemas é mais bem trabalhado em "Análise de Sistemas em Geografia", em que as ideias trabalhadas pelo autor nesta obra giram em torno da ideia de que a maior parte dos sistemas envolvidos em análise ambiental estão dentro de um ambiente, que faz parte de um conjunto maior, esse conjunto maior, terá vários subsistemas, que se auto-influenciam, ou seja, seria uma concepção sistêmica de uma totatlidade.

 
Christofoletti deixou muitos artigos, um grande acervo e contribuiu para que a biblioteca da UNESP de Rio Claro - onde atuou como professor assistente doutor-tivesse um dos maiores acervos da América Latina. Suas principais obras são: Geomorfologia, Sistemas de Informação Geográfica, Dicionário Ilustrado (em parceria com Armandio L. de A. Teixeira), As características da nova geografia. In Perspectivas da geografia, Modelagem de Sistemas Ambientais, Análise de Sistemas em Geografia e Geomorfologia Fluvial. 

 
Sua coleção de livros foi adquirida pela Universidade Estadual de Campinas e hoje está disponível para consulta pública na biblioteca Conrado Paschoale do Instituto de Geociências, no campus de Campinas.
A Lei n° 11.650, de 13 de janeiro de 2004 dá denominação de "Prof. Antonio Christofoletti" ao viaduto localizado sobre a Rodovia Washington Luiz - SP 310, no km 172,5, no Município de Rio Claro - SP. 
PETiano: Julio Gonçalves







Josué de Castro
 
Josué de Castro nasceu em Recife no estado de Pernambuco dia 5 de setembro no ano de 1908. Tem por formação médico, mas se tornou um grande pensador da geografia, foi também professor e parlamentar, teve muita influência nacional e internacional nos anos de 1930 e 1974.


Josué se formou em medicina no Rio de Janeiro, depois de formado voltou para a capital pernambucana por preocupação com a saúde da população, lá seus trabalhos eram desenvolvidos em torno da alimentação e habitação de Recife. As pesquisas mostraram que sua preocupação era verdadeira, a questão da fome era um grande problema social. Ele acreditava que o desnível social existia por causa das diferenças econômicas e sociais presentes naquele período (que se fazem ainda nos dias atuais), assim sendo contrário aos estudos que diziam que as diferenças haviam por condições físicas, climáticas ou étnicas, que a escassez de alimentos não se dava por excesso populacional. Nessa época escreveu o livro “Condições de Vida da Classe Operaria do Recife”.


Em 1935 voltou para o Rio, lecionou Antropologia na Universidade do Distrito Federal, dois anos depois foi para Universidade do Brasil onde ocupou interinamente a cátedra de Geografia Humana. Fez trabalhos em missões do governo federal. Fundou a Sociedade Brasileira de Alimentação foi eleito presidente do Conselho da Food and Agricultural Organization, passando a viajar por vários países para ver os problemas da fome, escreveu suas ideias no livro “Geografia da Fome” em 1952. Além disso, foi deputado federal por Pernambuco e embaixador do Brasil, porém o presidente João Goulart foi deposto por um golpe militar e Josué de Castro perdeu seus direitos. Exilado, foi para Paris, onde foi nomeado professor de Geografia na Universidade de Vicennes. Josué morreu no dia 24 de setembro de 1974 em Paris.
PETiana: Mirlla Casimiro

2 comentários:

  1. Gostei muito dos nomes selecionados. Recomendarei aos meus alunos.

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  2. Pessoal,

    Acho que essa não é a foto do professor Jean Tricart. Consultem essa daqui: https://www.persee.fr/doc/morfo_1266-5304_2003_num_9_3_1179

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