MINICURSO DE FOTOGRAFIA

Nos dias 11 e 12 de novembro de 2019, ocorreu o minicurso de Fotografia, com conceitos técnicos e práticos de fotografia, o minicurso foi proporcionado pelo projeto “A imagem, o som, seus contextos e significados”. O ministrante Gabriel Luís de Farias licenciado em Geografia pela UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), trabalha como fotografo profissional e é ex-PETiano PETGEO. O Minicurso foi realizado no auditório do NEEF (Núcleo de Estudos Estratégicos de Fronteira), no período vespertino entre as 14:30 e 17:30.
O Minicurso consistiu em duas etapas (teórica e pratica), essas dividas nos subsequentes dias, no primeiro dia o ministrante nos apresentou conceitos técnicos de fotografia, foi possível compreender a importância da diferenciação do conceito “fotografia e imagem”, como também conhecemos alguns equipamentos utilizados para diferentes modos de fotografar e por fim, mas não menos importante a importância da fotografia em pesquisas principalmente para evidenciar e criticar tal retrato fotografado.
Já no segundo e último dia, o minicurso constitui-se em uma volta ao campus para efetuarmos algumas técnicas apreendidas no dia anterior, observando qual melhor forma de enquadramento, visando atender qual o enfoque que queira para sua fotografia. Com o auxílio do ministrante foi retirada algumas dúvidas pontuais que restaram sobre equipamentos e técnicas. Se aproximando do fim, se reunimos na sala do PETGEO no prédio da FCH (Faculdade de Ciências Humanas) para algumas considerações finais e finalizamos o minicurso.
Em nome do grupo PETGEOGRAFIA, agradeço ao Gabriel Luís Farias pela disponibidade e pelo tempo de abordar certos conhecimentos com o grupo sobre a arte de fotografar e de sua profissão de fotografo, conhecimentos esses que são fundamentais para uma maior e melhor formação crítica/profissional para todos os participantes.

PETiano: Umberto de Andrade Filho

DIREITOS HUMANOS NO CONTEXTO DA VULNERABILIDADE SOCIAL

Na tarde do dia 29 de outubro de 2019, foi realizado um colóquio como resultado do “Projeto: A imagem, o som, seus contextos e significados”, desenvolvido ao longo do ano pelo PET – GEOGRAFIA. O projeto tem a ideia de “geografar o som”, que consiste em ouvir e ler letras de músicas (brasileiras) e significar os contextos encontrados, através de uma análise geográfica feita pelos integrantes do Programa. Para esse colóquio foram selecionadas três músicas, sendo elas: Diário de um detento – Racionais MC’s; Todo camburão tem um pouco de navio negreiro – O Rappa; Legalize já – Planet Hemp. Convidamos a Prof. Dra. Flaviana Nunes, o Prof. Dr. Mario Teixeira de Sá Junior e o Prof. Dr. Matheus de Carvalho Hernandez para um diálogo sobre as músicas em questão e o contexto da vulnerabilidade social, das violências, do racismo.

Discutir direitos humanos têm como premissa entender que essa categoria de direitos básicos é (deveria ser) assegurada a todos os seres humanos, não fazendo distinção de classe social, gênero, orientação sexual, nacionalidade, religião, cultura, profissão ou qualquer outra característica que possa colocar desigualdades entre os indivíduos. O senso comum define Direitos Humanos como uma espécie de entidade que dá suporte a algumas pessoas ou que é uma invenção para proteger alguns tipos de pessoas, como o discurso falacioso que “Direitos Humanos só protegem os bandidos”. Por esse motivo, dialogar o tema vinculado ao contexto da vulnerabilidade dos indivíduos é de extrema importância.

A conversa abrangeu o processo criminoso de encarceramento em massa de pessoas pobres e, em sua esmagadora maioria, pretas. As falas de ambos os professores, se basearam em dados de sites oficiais do Governo Brasileiro, como o Infopen por exemplo. Para se pensar (e é essa a função do colóquio) essa realidade, no país, hoje, a população carcerária é de mais de 820 mil pessoas. E ainda, 41% dessas pessoas ainda não foram julgadas nem em primeira instância. E é na cadeia onde mais se faltam Direitos Humanos, onde estão os indivíduos que carregam na cor da pele e na condição social, o estigma dos corpos que são “torturáveis”. Onde a cadeia serve de punição severa e mortal antes mesmo do julgamento, em vez de reintegrar esses indivíduos no meio social.

Esse é o exercício do pensamento geográfico crítico, buscar compreender os sujeitos e suas ações como parte de um contexto, de onde derivam outras tantas problemáticas para além do que se nota. Acredito que, em tempos onde a negação do diálogo impera, espaços como esse da atividade são a maneira de resistência mais objetiva, onde se compartilham experiências, trazendo assuntos para o diálogo e, como consequência, fomentando a democracia.

PETiana: Andressa Silva Hoffmann