terça-feira, 30 de junho de 2020

Geografia Humana Concepções e Experiências - Prof. Dr. Claudio Antonio Gonçalves Egler

No dia 22 de junho, o PETGeografia realizou mais um encontro da série "Diálogos online em tempos de COVID-19", tivemos convidado o Prof. Dr. Claudio Antonio Gonçalves Egler que dialogou sobre " Geoeconomia da desigualdade: para além da Covid-19".













Lattes do convidado: http://lattes.cnpq.br/0235412725994054







A atividade está disponível no nosso canal do Youtube:










PETianos: Anderson Luiz R. de Oliveira e Umberto de Andrade Filho

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Racismo estrutural e a construção do espaço urbano


Os projetos urbanos principalmente das médias e grandes cidades atendem às projeções que as grandes empresas e empreiteiras fazem para seu próprio beneficiamento. Esses projetos se vinculam aos interesses daqueles que financiam as campanhas políticas, se valem de propriedades e terrenos do Estado e, muitas vezes, são feitos através de leilões irregulares, construídos com ausência de estudos de impacto de vizinhança e impacto ambiental, sem a autorização das instituições competentes. Uma das artimanhas da especulação imobiliária é valorizar determinadas regiões da cidade em detrimento de outras e, quando nessas regiões de interesse residem as pessoas de menor poder aquisitivo, estas são desapropriadas de suas casas, sendo remanejadas para outros locais, quase sempre nas periferias da cidade. Sem chance de escolha, sem diálogo. Deixo aqui a indicação do filme: Aquarius (2016).
A própria lógica da construção desses empreendimentos faz com que a população não se sinta incluída nessas novas paisagens, como se as pessoas estivessem fora de contexto. Inclusive pelo tipo de policiamento racista que o Estado emprega nessas regiões. Isso muda toda uma relação do indivíduo com a cidade, faz com que se perca a territorialidade que os moradores haviam construído em determinados lugares, processos esses, que privatizam e restringem o acesso. Um grande exemplo da negação do espaço público para grandes parcelas da sociedade são as conhecidas “torres gêmeas” em Recife, no Pernambuco. Elas não possuem relação cultural alguma com aquela região do centro da cidade, onde foram construídas. Inclusive a construção dessas torres levou ao impedimento do sítio histórico do centro de Recife ser considerado patrimônio da humanidade, pela Unesco, já que altera toda a arquitetura histórica local, anulando a ideia de paisagem cultural.
Essas torres ficam no cais de Santa Rita, mesmo local em que, no dia 03 de junho, ocorreu a morte do menino Miguel Otávio Santana Da Silva. Enquanto a mãe de Miguel estava sendo obrigada a trabalhar em meio à pandemia, ela recebeu a ordem de passear com os cachorros da patroa. Deixando seu filho aos cuidados de Sari Corte Real, a primeira dama de Tamandaré, que, ao ouvir o menino reclamando pela mãe, foi com ele até o elevador, apertou o nono andar e abandonou o garoto. Ele então, se perde dentro do prédio e cai do nono andar. Ao analisar o caso, enxergamos as diferenças de tratamento que são destinadas aos cachorros da patroa e ao filho da empregada, resquícios notáveis da escravidão no Brasil.
Em um país onde a vida de um garoto negro vale menos do que os caprichos de uma mulher branca e rica, é necessário saber que o racismo e a segregação social são fatores estruturais e estruturantes da sociedade. E, quando falamos em  segregação social/racial, é também no sentido de que, os planejamentos urbanos são parte da manutenção de um sistema racista, que separa espacialmente a elite dos trabalhadores. Grandes exemplos dessa segregação são os Shoppings Centers que, assim como os condomínios, são simulações do espaço público, mas que só podem ser acessados por quem pode morar ou consumir os produtos e serviços que ali se encontram. Vivenciar esses locais como lazer é um privilégio dos que podem pagar, aqueles que não podem, são empregados nas mais diversas funções de serviços, que se fazem necessários para a manutenção desses espaços como são.


Foto: Twitter @recifeordinario
















PETianos: Andressa Hoffmann e Thiago Batista

sexta-feira, 19 de junho de 2020

A Geografia Física Concepções e Experiências - Prof. Dr. Francisco de Assis Mendonça

No dia 15 de junho, o PETGeografia realizou mais um encontro da série "Diálogos online em tempo de COVID-19" tivemos como convidado o Prof. Dr. Francisco de Assis Mendonça que dialogou sobre "As vulnerabilidades socioambientais no Brasil".



















Lattes do convidado: http://lattes.cnpq.br/3941384182506697













A atividade está disponível em nosso canal do Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=sjHbuTXEPJg















PETianos: Anderson Luiz R. de Oliveira e Umberto de Andrade Filho

terça-feira, 16 de junho de 2020

Geografia Humana Concepções e Experiências - Profa. Dra. Maria Encarnação Beltrão Sposito

No dia 08 de junho, o PETGeografia realizou mais um encontro da série "Diálogos online em tempos de COVID-19", tivemos como convidada a Prof. Dra. Maria Encarnação Beltrão Sposito que dialogou sobre "Estudos urbanos: a comparação como caminho de método".













Lattes da convidada: http://lattes.cnpq.br/4150193798058154



A atividade está disponível em nosso canal do Youtube: 
https://www.youtube.com/watch?v=VT6BhxUnE0w











PETianos: Anderson Luiz R. de Oliveira e Umberto de Andrade Filho

Fórum Áreas Verdes realizou o primeiro debate sobre a revisão do Plano Diretor de Dourados


A Iniciativa civil denominada Fórum Áreas Verdes e Qualidade de Vida retomaram suas atividades através de debates virtuais sobre o processo de revisão do Plano de Diretor de Dourados. No dia 11 de junho, às 18h30m aconteceu à primeira live que teve como tema "Fórum Áreas Verdes e Participação Popular”.
O Fórum foi criado em 2019, com intuito de produzir um espaço coletivo para sociedade douradense em geral participar das discussões da atualização do plano diretor, de forma a mobilizar os douradenses sobre a importância das áreas verdes no perímetro urbano, seu cuidado e conservação. O projeto é pautado na ciência, porém não é somente voltado para o âmbito acadêmico.
 Por conta da pandemia de Covid-19 as atividades presencias que estavam programadas foram suspensas e, o fórum retomou suas ações por meio de TIC. O debate foi transmitido pelo facebook com as discussões sobre a revisão do Plano Diretor, assim como apresentou no debate algumas situações atuais das áreas verdes do munício.
Participaram deste primeiro diálogo Mario Cezar Tompes, geógrafo, Ex-Secretário de Indústria, Comércio e Turismo e Ex-Secretário de Planejamento e Meio Ambiente da Prefeitura de Dourados, Enio Ribeiro, que é geógrafo, professor e idealizador do Projeto S.O.S Parque Arnulpho Fioravante,. Contribuí também com o debate a Prof° Me. Shirley Matias também geógrafa e especialista em Gestão e Educação Ambiental. A mediação foi feita por Franklin Schmalz, Presidente do Conselho Municipal da Juventude de Dourados.
Na live ocorreram discussões sobre o plano diretor em torno das políticas públicas, incentivando a compressão da importância do mesmo, principalmente ligado à questão das áreas verdes, que são espaços livres dentro da cidade e são caracterizados como praças parques e jardins públicos.
Também foi debatida a importância de outros tipos de áreas verdes, como os canteiros centrais que desempenham papéis importantíssimos, como área de infiltração para as aguas das chuvas, pois, reduzem problemas com enxurradas absorvendo quantidades significativas de água das chuvas e relacionado à questão estética, trazendo uma identidade de uma cidade bem arborizada.
Houve contribuições importantes trazidas pelos que estavam assistindo a live, trazendo para o debate o próprio descaso com as praças criadas em bairros periféricos da cidade, no qual a população local, não usufruir do espaço pela falta de arborização, fato esse que a própria administração pública não fiscaliza para a manutenção das praças e da própria população que não zela pelo patrimônio.

O processo de atualização do plano diretor permite a discussão para a construção democrática visando à justiça social nas políticas públicas. O fórum possibilita a proximidade e construção das diretrizes que serão defendidas na atualização do plano diretor da cidade.





Referências:




O PETGeografia parabeniza todos os envolvidos no fórum.



PETianos: Micael Petri Lima Soares e Edson Ribeiro Garcia

sábado, 6 de junho de 2020

A Geografia Física Concepções e Experiências - Prof. Dr. Francisco Sergio Bernardes Ladeira

No dia 01 de junho, o PETGeografia realizou mais um encontro da série "Diálogos online em tempos de COVID-19" tivemos como convidado o Prof. Dr. Francisco Sergio Bernardes Ladeira que dialogou sobre "Trabalho de campo do solo: a necessária simbiose".













Lattes do convidado: http://lattes.cnpq.br/7761998399108960









A atividade está disponível em nosso canal do Youtube:











PETianos: Anderson Luiz R. de Oliveira e Umberto de Andrade Filho