terça-feira, 30 de novembro de 2021

Defesa de TCC dos Petianos: Thiago e Micael

 


No mês de dezembro, dois Petianos de Geografia estarão defendendo seus trabalhos de conclusão de curso, relacionados ao "Clima urbano".


🔺Dia 09/12/2021🔻
Horário: 08h30/ MS
Thiago Batista Biscaya de Souza
"A distribuição das chuvas na cidade de Dourados- (MS) no período de verão/março de 2020"


🔺Dia 10/12/2021🔻
Micael Petri Lima Soares
Horário: 15h00/MS
"Variações térmicas na cidade de Dourados (MS), ilhas de frescor e sua correlação com o índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI)"


Para quem se interessar em assistir ➜ Link aqui



segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Projeto linguagem fílmica – ADÚ



No dia 18 de outubro, foi realizada uma atividade do projeto “Linguagem Fílmica” em conjunto com o PET Letras. O filme assistido e debatido foi “Adu”, um drama de 2020 dirigido por Salvador Calvo, escrito por Alejandro Hernández e estrelado por Moustapha Oumarou, Luiz Tosar e Álvaro Cervantes. O filme estreou na Espanha em 31 de janeiro de 2020, sendo  vencedor de quatro prêmios Goya, incluindo melhor Diretor por Calvo e melhor novo ator por Adam Nourou, totalizando treze indicações, no 35º Prêmio Goya.

            O título do filme Adú implica que apenas a história de um protagonista será contada, porém, no decorrer de duas horas de filme, são construídas três linhas narrativas, cada uma explorando as particularidades de três estilos de vida completamente diferentes, mas que se observarmos com atenção se conectam, embora em contextos diferentes.

Para qualificar a abordagem do tema no debate, o PET Letras esteve presente com uma enorme contribuição, na qual cada participante apresentou suas experiências a partir de diversos pontos de vista, possibilitando que o filme fosse visto a partir de várias abordagens. Durante a atividade foram colocados em pauta os impasses sociais resultantes da extrema vulnerabilidade, aspectos geográficos, tragédias resultantes da migração forçada, além de aspectos da própria linguagem cinematográfica.

A atividade se mostrou bastante produtiva ao contribuir para uma maior interação entre os grupos PET e proporcionar discussões com temáticas tão relevantes na contemporaneidade, como é o caso das crises migratórias.

PETianos: Laís Rondis Nunes de Abreu e Gabriel da Silva Oliveira de Barros

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Leitura coletiva : A vida invisível de Eurídice Gusmão - Martha Batalha.


A atividade consiste na escolha e leitura de uma obra literária para posterior discussão pelo grupo PET. A ideia para a atividade surgiu a partir da necessidade de conhecer e discutir obras para além das acadêmicas, uma vez que, consideramos de suma importância o contato com a literatura para compreender tanto seus contextos de produção, quanto as geografias produzidas através destas leituras.

Na ocasião, a obra escolhida foi o romance “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, da autora brasileira Martha Batalha, cuja primeira publicação se deu em 2016. O livro também teve uma adaptação para o cinema com o título “A vida invisível”, no ano de 2019, pelo diretor Karim Aïnouz. 

Após a leitura do livro, o grupo se reuniu para discuti-lo no dia 20 de setembro, às 14h, de forma remota. Durante a atividade, cada integrante do grupo comentou sobre partes do livro que chamaram a atenção. 

A obra fala sobre a vida de Eurídice Gusmão, uma mulher que se casou jovem e teve dois filhos, Cecília e Afonso. Passou grande parte da sua vida como dona do lar, mãe e esposa. Eurídice é humilhada pelo marido desde sua lua de mel, por não sangrar na sua primeira noite, humilhações que aconteciam nas chamadas “noites de choro e uísque”, quando Antenor bebia e a lembrava daquela noite sofrida dela, lhe chamando de vagabunda, sendo que ela nunca esteve com outro homem. 

Eurídice era uma mulher inteligente, gostava de ciência, poesia, tudo que a interessava seria capaz de aprender. Quando o marido ia para o trabalho e as crianças para escola, ela ficava sozinha pensando no que faria para ocupar o tempo livre, o qual passava, inicialmente, criando  receitas. Em dado momento, pensou em produzir um livro de receitas para jovens moças que não sabiam cozinhar, mas quando a sua ideia foi apresentada ao marido, este lhe disse que ninguém compraria um livro feito por uma dona de casa. Eurídice ficou chateada por não ter o apoio do marido, mas naquela época as mulheres eram “criadas” para serem donas de casa, com sua função restringindo-se a cuidar dos filhos e ser uma boa esposa, pensamentos ainda presentes em nossa sociedade. 

O livro aborda a partir de diversas personagens, sobretudo, a partir de Eurídice, a condição de invisibilidade a qual as mulheres eram (e ainda são) submetidas, com seus sonhos e desejos sempre sufocados, suas histórias restritas às paredes de casa, silenciadas, fazendo das diversas “Eurídices” que existem por aí, mulheres que “poderiam ter sido”. Conforme aponta a autora na introdução, “Eurídice e Guida foram baseadas na vida das minhas, e das suas avós".


 PETianos: Ana Carla Barbosa, Anderson Luiz, Thiago Biscaya.


A vida invisível de Eurídice Gusmão. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. 188p.