No segundo dia da V Semana Acadêmica de Geografia, foi exibido para o grupo PET e convidados o documentário: "A lista negra de Hollywood" e, logo após a exibição, os presentes discutiram sobre o curta, onde o Prof. Dr. Cláudio Benito gentilmente aceitou o convite do PET e conduziu o debate.
O documentário faz uma abordagem a uma época nos EUA que ficou conhecida como Marcartismo, quando o governo promoveu uma perseguição a pessoas e grupos que apresentavam alguma relação com ideologias de esquerda e com o comunismo. Nesse período, que ocorreu após a segunda guerra, a indústria cinematográfica experimentava o seu ápice e, naquele momento, era um dos mais populares entretenimentos do país, portanto um ótimo meio para propagar ideologias políticas e padrões de comportamentos. Foi nesse cenário que o governo traçou uma lista negra de roteiristas, diretores, atores, músicos, entre outros, que foram julgados como traidores por utilizarem do cinema como meio de locomoção para determinadas ideias políticas. O contraditório em tudo isso é que os EUA, sempre orgulhoso de ser uma democracia, não só proibiu que seus cidadãos se expressassem politicamente contra o então sistema político, como também, descoberto anos mais tarde, agiu coercitivamente, criando um departamento para implantar provas, das quais foram usadas no julgamento dos perseguidos pelo Marcatismo, além de manipular a classe artística para que não se envolvesse com os filmes daqueles que eram listados pelo governo como ameaça ao país.
Embora descoberto anos mais tarde, que o marcartismo perseguiu e implantou falsas provas em muitos dos "acusados de conspiração'' a perseguição a pessoas e grupos que se opõem a hegemonia do pensamento político, ocorre até os dias atuais, não só nos EUA, mas em todo o globo. Atualmente, vivemos em nosso país, um grande exemplo disso, o que muitos chamam de impeachment, em outras análises, pode ser considerado como golpe, portanto, uma dinâmica de perseguição a um programa político, que foge daquele proposto como padrão a ser seguido. Os exemplos dessa perseguição, extrapolam os limites de Brasília, se estendendo a todo o país, através de ameaças a pessoas que compartilham de certos pesamentos políticos. Á algum tempo atrás tivemos casos de perseguição a apresentadores de TV e atores, como os globais Jô Soares que defendeu programas do governo Dilma e Ingridi Guimarães por se opor as opiniões de Jair Bolsonaro. Ambos foram ofendidos nas redes sociais e ameaçados de morte.
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