Como o próprio nome já
classifica, a iniciação cientifica é a porta de entrada para organizar os
métodos científicos do acadêmico não importando seu estágio na academia, é o
começo de uma etapa necessária durante o período de formação.
Entendo a “I.C.” como um projeto
a ser posto em prática por acadêmicos a partir de métodos empíricos, com uma
estrutura mais elaborada do que as demais pesquisas feitas durante as
disciplinas utilizadas como avaliação e menos desenvolvida que o maior, se não
o mais importante trabalho realizado por um graduando, o temido TCC.
A geografia possui um vasto campo
de pesquisa, várias áreas, muitas ideias, porque aposto que todo professor já
recebeu uma proposta de tema estranho (se não recebeu, ainda vai receber).
Enfim, com toda variedade que a geografia nos oferece, obvio que o que não
falta no curso é oportunidade para iniciar na ciência, com orientador em busca de orientando que se identifique em sua área de
pesquisa, ou acadêmico em busca do orientador que se interesse em sua proposta.
A primeira opção lidera no ranking de motivos de um aluno executar uma IC.
Como já era de se esperar, estava
perdida. Porém, com interesse em uma vaga de iniciação na área de geografia
urbana, devido aos grupos de pesquisa que conheci, sentia necessidade de um
desafio além do obrigatório na universidade. A oportunidade veio na desistência
de um colega e na proposta de substitui-lo na condição de voluntária (PIVIC),
com certa parcela de tempo já utilizada, já não teria um ano para entrega do
relatório final. Não foi missão quase impossível, soube utilizar o tempo
restante para conclusão da pesquisa, ainda mais no período da greve nas
universidades. Por ser um processo orientado, a chance de entender como
funciona e melhorar o trabalho realizado é clara. Por mais que não seja tão
legal assim refazer, refazer e refazer. No entanto, faz parte daquele processo
necessário do acadêmico, é dessa maneira que se aprende.
Na etapa de aprendizado que a IC
propõe, o principio está na leitura. Se não ler, refletir toda (ou quase toda) aquela bibliografia
indicada no final do plano de trabalho, não tem início, não tem ciência. É a
partir desse princípio de aprendizado que se coloca em pratica o método
empírico, e é com a IC que aprendemos dialogar com a teoria e a prática. As
vezes dentro da sala de aula apenas lemos e ouvimos sobre determinada dinâmica,
contudo, muito difícil presenciar com facilidade, enxergar o dialogo no
dia-a-dia. É na pesquisa que tornamos
tal comunicação explicita, e o melhor, você é o pesquisador, com relevante
contribuição. Se não fosse você talvez aqueles dados levantados ou aquele
resultado alcançado não seria possível.
A Iniciação Cientifica está ai para isso, formar
pesquisadores, relevantes contribuintes da ciência.
PETiana: Lidiane Cristina Garcia
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