quarta-feira, 13 de setembro de 2017

TRABALHO DE CAMPO NO RIO DE JANEIRO: A importância do campo para a comunidade acadêmica.

A saída para o trabalho de campo organizado e planejado para as disciplinas de Geografia sociedade e natureza: concepções e abordagens; Geografia Urbana; Geografia do Brasil, ministradas pelos professores: Cláudia Marques, Alexandre Bergamin, Maria José Martinelli e a colaboração da professora Ana Paula Batarce.  Ocorreu no dia 07 de agosto, às 19 horas na UFGD-Unidade I, destino ao Rio de Janeiro com previsão de chegada dia 08 de agosto às 18 horas. A parir no dia 09 passamos a seguir o roteiro organizado e distribuído a cada integrante do grupo.
No dia 09 de agosto às 8h:30m o destino foi a associação de moradores da comunidade Pavão Pavãozinho, com o objetivo de conhecer realidade comunidade Pavão e Pavãozinho, segunda a receber a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), com finalidade de compreender o modo de vida e organização espacial da comunidade. Somado as leituras preparatórias ao trabalho de campo, fortaleceu-se a formação dos alunos debatendo processos de urbanização, favelização, modos de vida e população.
No período vespertino, visitamos o Forte de Copacabana, localizado no posto 6 em Copacabana que teve objetivo de conhecer a história do Rio de Janeiro e do Brasil sobre o ponto de vista do exército brasileiro, bem como parte da cultura brasileira, apreender empiricamente as questões relacionadas à forma-conteúdo. Por fim, percorremos pelo bairro de Copacabana para compreender a construção da paisagem-natureza enquanto mercadoria e o processo de produção do espaço urbano.
No dia 10 de agosto pela manhã, juntamente com professor João Batista da UERJ, realizamos o campo percorrendo o Boulervard Olímpico para apreender as transformações de forma e função da zona portuária com as obras destinadas à realização da copa do mundo e olimpíadas. E conhecemos o CAIS DO VALONGO, lugar e memória de negro – Patrimônio da Humanidade, apreendemos o processo de formação socioespacial da região central. E a inter-relação forma-conteúdo.
Realizamos um campo noturno, com orientações do prof. João Batista, pelo centro do Rio de Janeiro, a fim de conhecer a história do Rio de Janeiro e do país configurada em formas e conteúdo das construções e arquitetura.
Após o almoço, o destino foi o Museu do Amanhã, no qual apresenta um ambiente de ideias, explorações e perguntas sobre a época de grandes mudanças em que vivemos e os diferentes caminhos que se abrem para o futuro. O Amanhã não é uma data no calendário, não é um lugar aonde vamos chegar. É uma construção da qual participamos todos, como pessoas, cidadãos. Assim, torna-se muito importante para formação do profissional em geografia que pensa sociedade e espaço.
Em seguida, já ao escurecer, atravessamos a ponte Rio-Niterói, para analisar o transporte fluvial - barca – e posteriormente, o metrô com objetivo compreender a multimodalidade de transportes coletivos urbanos.
No dia 11 de agosto a manhã foi dedicada à nobre zona sul da cidade, compreender o processo de expansão urbana e especulação imobiliária para a zona sul da cidade do Rio de Janeiro e apreender o acirramento da segregação socioespacial, visita acompanhada por professore a Federal Rural do Rio de Janeiro.
A tarde o destino foi o Complexo da Maré representa uma realidade socioespacial única no contexto brasileiro. Assim, o conhecimento dessa realidade tem por objetivo debater, principalmente: urbanização e favela, sociedade e natureza, desigualdade socioespacial. Além de compreender a relação entre Estado e comunidade e sua organização espacial.
O dia 12 de agosto, último dia de trabalho de campo, fomos ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro em que se coloca com a missão de “Promover, realizar e difundir pesquisas científicas, com ênfase na flora, visando à conservação e à valoração da biodiversidade, bem como realizar atividades que promovam a integração da ciência, educação, cultura e natureza”. Assim, estando em pleno acordo com o debate realizado na formação do geógrafo.
Por fim, almoçamos e conhecemos a Feira de Tradições Nordestinas (Feira de São Cristóvão), com objetivo de entender o papel e a importância da cultura nordestina na realidade do Rio de Janeiro. Aprofundando o debate sobre migração e população.
Vale reafirmar a importância desse tipo de aprendizagem / busca de conhecimento, os trabalhos de campo em conjunto com as leituras e discussões acontecem para que todos os envolvidos e demais comunidade acadêmica tenham consciência de que a geografia não se faz apenas teoricamente ou fazendo pesquisas dentro de uma sala com ar-condicionado. Se faz também sujando os pés de barro ou de piche, sentindo o cheiro da poluição do urbano ou de mato, olhando nos olhos das pessoas, prestando atenção nos gestos, na fala, e em como tudo observado pode ser transformado em conhecimento.



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