No
dia 25 de março de 2019 o PETGeografia participou de uma atividade de Cinema
proposta pelo PETLetras em uma parceria entre os grupos, visando a exibição de
filmes e discussões transversais que possam agregar na forma como lemos o mundo,
uma condição importante na formação acadêmica. A atividade objetiva compreender
a linguagem fílmica como forma de representação de contextos e conflitos, um
olhar sobre pontos de vista que permeiam a sociedade.
O
filme escolhido pelo PETLetras para esse primeiro encontro foi “A
Sociedade dos Poetas Mortos”, dirigido por Peter Weir, filmado no ano
de 1989, e, tendo seu lançamento no Brasil no ano seguinte.
O
filme aborda o cotidiano sobre a escola e seu método de ensino, pautado em
valores tradicionais homogeneizadores que se traduzia em quatro pilares (tradição,
honra, disciplina e excelência), o qual começa a ser questionado com a chegada
de um novo professor de inglês e literatura, John Keating, que inspira seus
alunos no ato do saber pensar com autonomia.
O
embate entre dois modelos, uma escola repressiva, baseada no conteúdo, e, outra
libertária, que se fazem presentes nas discussões sobre ensino – um tema dos
mais atuais. Vivemos o modelo de educação normativo e opressor, mas assim como
o personagem John, existem outras práticas docentes que contrapõe este que é o
paradigma educacional globalizado. No Brasil basta analisarmos as propostas para
educação que percebermos tentativas de
inserir os “quatro pilares” apresentados no filme. Cabe pensar, para quê e para
quem esse modelo de educação interessa ainda nos dias atuais. Lembrando que o
filme retrata uma escola destinadas apenas a meninos da década de 1950.
Durante
a discussão entre os grupos PETs (Geografia e Letras) e os convidados (alunos e
professores), foi posta a analogia que o filme faz ao “Mito da caverna“ do
filósofo grego Platão, para ligar as relações de forças que reforçam o estado
de ignorância e as condições para superação deste estado, as quais nem todos os
indivíduos se propõe a superar.
Trazendo
estas discussões para atualidade compreendendo as contradições dentro do atual
modelo de ensino, o de escola normativa que reproduz relações que são
classificadas como autoritárias e repressoras sem dialogo, pautada apenas em
decorar conteúdos, por outro lado a tentativa de superar esta arcaica forma de
ensino e aprendizagem, que tem como intuito formar sujeitos que possam pensar
por conta própria, que de fato possam exercer a cidadania em sua plenitude.
Por
fim, agradecemos a tarde maravilhosa proporcionada pelo PET Letras que nos
permitiu essa importante discussão a respeito de nossos modelos de educação.
PETianos: Anderson Luiz Rodrigues de Oliveira e Micael Petri Lima Soares
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