sábado, 30 de março de 2019

Tarde de cinema com o PETLetras


No dia 25 de março de 2019 o PETGeografia participou de uma atividade de Cinema proposta pelo PETLetras em uma parceria entre os grupos, visando a exibição de filmes e discussões transversais que possam agregar na forma como lemos o mundo, uma condição importante na formação acadêmica. A atividade objetiva compreender a linguagem fílmica como forma de representação de contextos e conflitos, um olhar sobre pontos de vista que permeiam a sociedade.

O filme escolhido pelo PETLetras para esse primeiro encontro foi “A Sociedade dos Poetas Mortos”, dirigido por Peter Weir, filmado no ano de 1989, e, tendo seu lançamento no Brasil no ano seguinte. 


O filme aborda o cotidiano sobre a escola e seu método de ensino, pautado em valores tradicionais homogeneizadores que se traduzia em quatro pilares (tradição, honra, disciplina e excelência), o qual começa a ser questionado com a chegada de um novo professor de inglês e literatura, John Keating, que inspira seus alunos no ato do saber pensar com autonomia.
O embate entre dois modelos, uma escola repressiva, baseada no conteúdo, e, outra libertária, que se fazem presentes nas discussões sobre ensino – um tema dos mais atuais. Vivemos o modelo de educação normativo e opressor, mas assim como o personagem John, existem outras práticas docentes que contrapõe este que é o paradigma educacional globalizado. No Brasil basta analisarmos as propostas para educação que  percebermos tentativas de inserir os “quatro pilares” apresentados no filme. Cabe pensar, para quê e para quem esse modelo de educação interessa ainda nos dias atuais. Lembrando que o filme retrata uma escola destinadas apenas a meninos da década de 1950.
Durante a discussão entre os grupos PETs (Geografia e Letras) e os convidados (alunos e professores), foi posta a analogia que o filme faz ao “Mito da caverna“ do filósofo grego Platão, para ligar as relações de forças que reforçam o estado de ignorância e as condições para superação deste estado, as quais nem todos os indivíduos se propõe a superar.
Trazendo estas discussões para atualidade compreendendo as contradições dentro do atual modelo de ensino, o de escola normativa que reproduz relações que são classificadas como autoritárias e repressoras sem dialogo, pautada apenas em decorar conteúdos, por outro lado a tentativa de superar esta arcaica forma de ensino e aprendizagem, que tem como intuito formar sujeitos que possam pensar por conta própria, que de fato possam exercer a cidadania em sua plenitude.
Por fim, agradecemos a tarde maravilhosa proporcionada pelo PET Letras que nos permitiu essa importante discussão a respeito de nossos modelos de educação.
             




 PETianos: Anderson Luiz Rodrigues de Oliveira e Micael Petri Lima Soares  
  


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