terça-feira, 20 de agosto de 2019

Formação socioespacial do território paraguaio e economia recente




No dia 20 de maio de 2019, a Prof.ª Claudia Vera da Silveira, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFGD, realizou o Colóquio “Formação socioespacial do território paraguaio e economia recente”. A atividade teve como foco mostrar a evolução do trabalho na formação histórico-econômica do Paraguai, desde o período colonial até os dias atuais.
O período colonial iniciou-se em 1537, tornando-se o centro de uma província nas colônias espanholas na América do Sul.  As principais atividades econômicas eram a exploração florestal e agrícola. Época marcada pelo trabalho forçado dos povos indígenas. Além dos indígenas, os “campesinos paraguaios” também eram responsáveis pelas produções agrícolas. Utilizavam pequenos estabelecimentos conhecidos como “chacras”, para cultivar mandioca, milho, feijão e produtos comercializáveis como cana-de-açúcar, fumo e algodão.
Em 1811, o Estado começou a controlar as atividades econômicas do País, iniciando-se o período independente que perdurou até 1864. Com o Estado no poder, parte da população era destinada a desempenhar trabalhos militares, construções de obras públicas, exploração florestal, produção agrícola, artesanato entre outras tarefas. Porém as principais exportações da época eram à erva-mate e a madeira.
No ano de 1865 ocorreu a Guerra do Paraguai contra Brasil, Argentina e Uruguai estendendo-se até o ano de 1870. Com o fim do conflito, passou a entrar em vigor uma nova Constituição, um marco na história econômica e social do país, a qual se modificou as relações de produção e de trabalho. Outro dado importante é que após a guerra, quase não existia escravos negros em território paraguaio, muito diferente da condição brasileira. Nesse período, o Estado concedeu licenças aos estrangeiros para explorarem as terras onde havia madeiras e ervais, porém o país só passou a crescer com as vendas das terras para a implantação de grandes empresas estrangeiras, consequentemente mais empregos para população.


Passados 100 anos o pais ainda sofria devido as consequências da Guerra do Paraguai e a concentração de renda. Como no Brasil e demais países da América do Sul, o pais viveu vários anos sob regimes não democráticos, ditaduras militares.
No final da década de 1980 o Paraguai ainda convivia com a instabilidade política, a qual trouxe consequência na economia e na sociedade. Com problemas enfrentados na área econômica e social vivenciou-se outros golpes políticos. Apesar do cenário descrito e debatido durante o colóquio hoje o país possui uma das economias que mais crescem, principalmente por conta de atrativos econômicos, fiscais e a legislação trabalhista. Pela atribuição dos investimentos estrangeiros, os resultados têm sido positivos tanto na diminuição do desemprego, quanto para a exportação. Um cenário dos mais interessantes para se compreender a configuração geopolítica da América do Sul na atualidade.
 O colóquio teve como propósito trazer informações aos participantes em relação à história econômica e social do Paraguai, com a intenção de contribuir aos estudos e levantar um debate crítico sobre um país que vem crescendo constantemente. Objetivo alcançado que se materializou em um excelente encontro e aproximação com a pós-graduação em Geografia da UFGD. 



PETiana: Ana Carla Barbosa Cardoso

Nenhum comentário:

Postar um comentário