No
dia 20 de maio de 2019, a Prof.ª Claudia Vera da Silveira, pesquisadora do
Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFGD, realizou o Colóquio “Formação
socioespacial do território paraguaio e economia recente”. A atividade teve
como foco mostrar a evolução do trabalho na formação histórico-econômica do
Paraguai, desde o período colonial até os dias atuais.
O
período colonial iniciou-se em 1537, tornando-se o centro de uma província nas
colônias espanholas na América do Sul. As
principais atividades econômicas eram a exploração florestal e agrícola. Época
marcada pelo trabalho forçado dos povos indígenas. Além dos indígenas, os
“campesinos paraguaios” também eram responsáveis pelas produções agrícolas. Utilizavam
pequenos estabelecimentos conhecidos como “chacras”, para cultivar mandioca,
milho, feijão e produtos comercializáveis como cana-de-açúcar, fumo e algodão.
Em
1811, o Estado começou a controlar as atividades econômicas do País,
iniciando-se o período independente que perdurou até 1864. Com o Estado no
poder, parte da população era destinada a desempenhar trabalhos militares,
construções de obras públicas, exploração florestal, produção agrícola, artesanato
entre outras tarefas. Porém as principais exportações da época eram à erva-mate
e a madeira.
No
ano de 1865 ocorreu a Guerra do Paraguai contra Brasil, Argentina e Uruguai
estendendo-se até o ano de 1870. Com o fim do conflito, passou a entrar em
vigor uma nova Constituição, um marco na história econômica e social do país, a
qual se modificou as relações de produção e de trabalho. Outro dado importante
é que após a guerra, quase não existia escravos negros em território paraguaio,
muito diferente da condição brasileira. Nesse período, o Estado concedeu
licenças aos estrangeiros para explorarem as terras onde havia madeiras e
ervais, porém o país só passou a crescer com as vendas das terras para a
implantação de grandes empresas estrangeiras, consequentemente mais empregos
para população.
Passados 100 anos o pais ainda sofria devido
as consequências da Guerra do Paraguai e a concentração de renda. Como no
Brasil e demais países da América do Sul, o pais viveu vários anos sob regimes
não democráticos, ditaduras militares.
No final da década de 1980 o Paraguai ainda
convivia com a instabilidade política, a qual trouxe consequência na economia e
na sociedade. Com problemas enfrentados na área econômica e social vivenciou-se
outros golpes políticos. Apesar do cenário descrito e debatido durante o
colóquio hoje o país possui uma das economias que mais crescem, principalmente
por conta de atrativos econômicos, fiscais e a legislação trabalhista. Pela
atribuição dos investimentos estrangeiros, os resultados têm sido positivos
tanto na diminuição do desemprego, quanto para a exportação. Um cenário dos
mais interessantes para se compreender a configuração geopolítica da América do
Sul na atualidade.
O colóquio teve como propósito trazer informações aos participantes em
relação à história econômica e social do Paraguai, com a intenção de contribuir
aos estudos e levantar um debate crítico sobre um país que vem crescendo
constantemente. Objetivo alcançado que se materializou em um excelente encontro
e aproximação com a pós-graduação em Geografia da UFGD.
PETiana: Ana Carla Barbosa Cardoso
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