terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

II COLÓQUIO GEOGRAFIAS E POVOS INDÍGENAS




O grupo PET Geografia foi convidado pelo grupo de pesquisa em Geografia Cultural, GeoPovos – Ñande Reko, para organizar o II Colóquio Geografias e Povos Indígenas, que foi realizado nos dias 29, 30, 31 de outubro e 01 de novembro 2019, no Auditório 1 da Faculdade de Ciências Humanas – UFGD. O evento começou com as celebrações feitas pela Ñandesy Floriza, Ñanderu Jorge e família, permitindo aos participantes ouvir os posicionamentos das lideranças indígenas, as questões dos professores pesquisadores e profissionais da área de saúde indígena, além de diversos outros assuntos relacionados. Para muitos, essa foi a primeira oportunidade de (des)aprender com os indígenas, em meio às discussões sobre a organização política para a manutenção da cultura (identidade étnica).



Os temas das Mesas de Discussão eram, respectivamente, “Direitos étnicos territoriais e saúde indígena”, “Os corpos e os territórios das mulheres”, “Crianças e jovens: Escola e outros espaços de luta e (re)existência”, “Reserva Indígena de Dourados: Passado, presente e futuro”. No período da tarde do dia 01 de novembro, também foi exibido um documentário intitulado “Kiteyã Toalet Makurap – Nosso conhecimento Makurap”. Discutido pela professora Roseline Mezacasa (UNIR – RO), que fez algumas considerações a respeito da importância do lugar para a comunidade retratada no documentário, sendo considerado o fator principal para reprodução da identidade daquele povo. A professora incluiu nesse contexto o protagonismo da terra a ser cultivada, dos frutos que ela oferece e do rio que, juntos, alimentam a fome e a cultura dos Makurap.


A abertura do último dia do evento ficou por conta do grupo Brô MC’s, o primeiro grupo de Rap indígena do Brasil. Eles descrevem, em suas letras, o cotidiano das aldeias Jaguapirú e Bororó de Dourados-MS, onde vivem. Falam também sobre a luta pela terra, as questões do reconhecimento de sua cultura, também problematizam o consumo de álcool entre os jovens indígenas e questionam o alto índice de suicídio nas aldeias. Depois de alguns apontamentos sobre a Reserva Indígena de Dourados e seus contextos geográficos e antropológicos, houve a divulgação do livro: “Reserva Indígena de Dourados: Histórias e Desafios Contemporâneos”, organizado pela Profª Drª Juliana Grasiéli Bueno Mota e o Prof. Dr. Leandro Vieira Calvalcante. Ao final, o evento foi encerrado por uma experiência  encantadora: o Guaxiré, que integrou todos os participantes do colóquio em uma roda de dança festiva.


PETiana: Andressa Silva Hoffmann
Fotos: Andressa Silva Hoffmann

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