segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Colóquio Quinzenal: Debate sobre Agrotóxicos

Durante o dia 16 de agosto, o grupo PETGeografia, promoveu o Colóquio Quinzenal, com o tema: Agrotóxicos, Economia e Saúde Pública, conduzido pelo agrônomo Wilian Barreto, que apresentou seu trabalho de monografia, proporcionando ao grupo PET e aos outros alunos dos cursos da Faculdade de Ciências Humanas, um conhecimento de assuntos incomuns ás nossas áreas de pesquisa. Com o Colóquio, descobrimos o poder do agronegócio na região, e podemos analisar e fazer questionamentos sobre esta lógica, pois conseguimos ter um pouco de ciência sobre a enormidade de subsídios financeiros que o Agronegócio recebe, segundo dados do Ministério da Agricultura, no Plano Safra 2016/2017, correspondente a um ano safra, a previsão de aportes financeiros por parte do Estado brasileiro, ou seja, a transferência de recursos extraídos de quem trabalha e é consumidor final de produtos e serviços, para o Agronegócio é da Ordem de 202,88 Bilhões, sendo que nesse tipo de crédito os juros são muito baixos e em muitos casos dívidas são interminavelmente renegociadas em condições desvantajosas para o erário público, chegando até mesmo em muitos casos ocorrer o perdão de dívidas, a depender da força política das Associações e Bancadas Legislativas Ruralistas. O PIB do Agronegócio em 2015, ainda segundo o Ministério da Agricultura foi de 263,6 Bilhões, se teria, portanto, um saldo de 60,72 bilhões, um número muito aquém dos alardeados pelos noticiosos... Levando ainda em conta que a principal finalidade da produção do Agronegócio é a exportação, poderia se falar, sem muito medo de errar que estamos exportando grande parte dos recursos provenientes de impostos arrecadados ás custas do sofrimento social de grande parte da população do país.

Sobre os Agrotóxicos, venenos, biocidas, obviamente são substâncias químicas produzidas e aplicadas com o objetivo de matar. Alegam os doutores do assunto que a produção é impraticável sem o uso de tais substâncias, reconhecidamente nocivas á vida, que isso é imprescindível ao controle de “pragas” e “doenças”, que tipo de produção ? Esta foi a questão principal do debate do Colóquio, e podemos concluir que é possível ter uma abstenção dos agrotóxicos, no entanto isso não é interessante para o agronegócio e aos fazendeiros, e como o Estado apoia e muito essa classe ruralista, acaba por não fornecer apoio nenhum ou pouco significativo para as práticas de cultivo livres de agrotóxicos. 

PETiano: Wiliam Moreno

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