Durante o dia 16 de agosto, o grupo PETGeografia,
promoveu o Colóquio Quinzenal, com o tema: Agrotóxicos, Economia e Saúde
Pública, conduzido pelo agrônomo Wilian Barreto, que apresentou seu trabalho de
monografia, proporcionando ao grupo PET e aos outros alunos dos cursos da
Faculdade de Ciências Humanas, um conhecimento de assuntos incomuns ás nossas
áreas de pesquisa. Com o Colóquio, descobrimos o poder do agronegócio na
região, e podemos analisar e fazer questionamentos sobre esta lógica, pois
conseguimos ter um pouco de ciência sobre a enormidade de subsídios financeiros
que o Agronegócio recebe, segundo dados do Ministério da Agricultura, no Plano
Safra 2016/2017, correspondente a um ano safra, a previsão de aportes
financeiros por parte do Estado brasileiro, ou seja, a transferência de
recursos extraídos de quem trabalha e é consumidor final de produtos e
serviços, para o Agronegócio é da Ordem de 202,88 Bilhões, sendo que nesse tipo
de crédito os juros são muito baixos e em muitos casos dívidas são
interminavelmente renegociadas em condições desvantajosas para o erário
público, chegando até mesmo em muitos casos ocorrer o perdão de dívidas, a
depender da força política das Associações e Bancadas Legislativas Ruralistas. O
PIB do Agronegócio em 2015, ainda segundo o Ministério da Agricultura foi de
263,6 Bilhões, se teria, portanto, um saldo de 60,72 bilhões, um número muito
aquém dos alardeados pelos noticiosos... Levando ainda em conta que a principal
finalidade da produção do Agronegócio é a exportação, poderia se falar, sem
muito medo de errar que estamos exportando grande parte dos recursos
provenientes de impostos arrecadados ás custas do sofrimento social de grande
parte da população do país.
Sobre os Agrotóxicos, venenos, biocidas,
obviamente são substâncias químicas produzidas e aplicadas com o objetivo de
matar. Alegam os doutores do assunto que a produção é impraticável sem o uso de
tais substâncias, reconhecidamente nocivas á vida, que isso é imprescindível ao
controle de “pragas” e “doenças”, que tipo de produção ? Esta foi a questão
principal do debate do Colóquio, e podemos concluir que é possível ter uma
abstenção dos agrotóxicos, no entanto isso não é interessante para o agronegócio
e aos fazendeiros, e como o Estado apoia e muito essa classe ruralista, acaba
por não fornecer apoio nenhum ou pouco significativo para as práticas de
cultivo livres de agrotóxicos.
PETiano: Wiliam Moreno
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