Após
uma noite sucinta de descanso e um sono cheio de sonhos, não todos iguais,
alguns bons outros ruins, quase como uma realidade de dias consecutivos, chega
a ponto de se dizer que parece que estamos sonhando acordado, porém sendo
seletivo, em uma transição dentre o final de semana ‘Sábado-Domingo’, não
especificando qual período seria. Ao certo tanto faz, podendo ser qualquer
final de semana durante o período anual de doze meses, morando em um bairro simples
mas que transborda uma felicidade e vários tipos de relações, tanto de seres
racionais como irracionais, interessante ressaltar que essa felicidade se
necessita presente quase como uma dinâmica, pois, nada é perfeito em nenhum
sentido, em meio tantas situações correlacionadas as famílias que ali residem,
chega a ser um ponto de reflexão ao caminhar pelas ruas estreitas e bem
movimentadas, olhando em seu entorno crianças brincando na rua, alguns
moradores varrendo a frente de suas calçadas mesmo sabendo que após algum tempo
irá ventar e vai deixar da mesma maneira a calçada, nesse caminho você enxerga
nos próprios olhos de pessoas que cruzam por você na rua ou na calçada um
sofrimento ou algo do mesmo âmbito, tendo em vista que todos falam bom dia, aquele
fluxo de pessoas passando de bicicleta ou caminhando igual eu estou fazendo,
indo trabalhar mesmo no Domingo, pressupondo que é preciso, pois, precisa pagar
suas contas do mês, podendo ser para outra ocasião como indo buscar algo,
comprar algo, etc. A perspectiva que procuro abordar é pelo o que a pessoa
passou para estar ali naquele momento, agindo daquela maneira, sabe-se que
perante outras localidades da cidade é necessário ter um poder aquisitivo
maior, e na maioria das vezes onde fica esse bairro simples recebe um
estereótipo, mas fazer o que é preferível viver na famosa ‘’quebrada’’, do que
morar onde a única beleza são as residências e não os moradores, onde as únicas
coisas que cruzam por você na rua, são carros, motos, serviços de segurança, será
que esse julgamento que a vida destina é um teste? Ou outra coisa? É uma
pergunta difícil de se responder, pois, são várias coisas que definiram essa
situação, não pode ser um motivo raso para explicar isso, você olha uma criança
ali brincando, para ela aquilo é uma liberdade mesmo sendo em pouco tempo, mas
em seus gestos, sorrisos, gritos, uma felicidade completa, difícil é saber que
ela não sabe o que está acontecendo em sua volta o contexto, etc. A reflexão
que você faz inconscientemente em apenas em um olhar, é bem ai que é difícil
dissertar, pois não importa a cidade que você visite ou que simplesmente que você
more, todos os países formados dentro do planeta ‘’Terra’’, passam por essa
mesma situação, fazendo uma aplicação sobre o Brasil agora, é um país que tem
muito, mas ao mesmo tempo não tem nada, parecendo até uma relação recíproca
entre relações humanas e situação econômica, bem parecido com o simbolismo da
‘justiça’, uma balança! Quando se tem muito de um lado o outro cai, essa
comparação fica quase como uma coisa que em nosso cotidiano é levada como uma
questão normal. A mesma pergunta que eu
fiz --será que esse julgamento que a vida destina é um teste? Ou outra coisa?
Pode ser uma resposta a ‘colonização do Brasil’, várias obras foram feitas em
cima desse mesmo assunto, interessante é saber que são várias matérias, que
trazem um conhecimento tão amplo que aborda esse tipo de assunto, sendo então
uma multidisciplinariedade no contexto de Brasil-Colônia. Dando ênfase a esse
vinculo, esse processo que ocorreu a mais de 500 anos pode ser visto até hoje,
apenas com algumas mudanças, pois o Brasil sofreu com extrativismo
socioeconômico e até hoje ele é visto assim, apenas um território para fornecer
recursos aos demais, entendo algumas situações nessa abordagem, mas chega a um
ponto de extremidade. Retornando as colocações feitas no inicio, esse caminho que
percorro em meio as pequenas ruas, casas, mercearias, bares,etc. Percebo essa
relação direta do consumo com essa sociedade brasileira atual, alguns
julgamentos são realizados mesmo que sendo de maneira indireta por pensamento,
olhares, frases escritas ou digitadas, palavras soltas em rodas de conversa,
pela questão econômica ou apenas pelo que está vestindo, pior ainda é saber que
agridem as pessoas não só pelo seu poder aquisitivo, pela cor de sua pele, é
muito difícil ter que presenciar uma cena e/ou atitude dessa e ficar sem fazer
nada, parece que o consumo estão deixando as pessoas cegas, as relações sociais
estão sendo deixadas de lado, parece até que são leigos, pois desconhecem a
formação do país em que vivem, a meritocracia instaurada em meio ao pensamento
ocidental, pode ser uma coisa muito relevante ou até atuante nesses julgamentos
sobre papéis exercidos na sociedade, qual
seu papel na sociedade então?
Petiano:
Thiago
Batista Biscaya de Souza
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